quarta-feira, 30 de julho de 2008

Férias


O blogue vai estar parado até ao próximo dia 10 de Agosto.

Fama

Barack Obama pode ser a maior celebridade do mundo mas isso não o qualifica para ser Presidente dos Estados Unidos, alega a campanha de John McCain, num novo anúncio que está a provocar grande celeuma -- nos blogues liberais ("We’ve officially made the transition from Silly Season to Stupid Season", diz o Carpetbagger Report; "I note with interest today, John McCain's new tactic of associating Barack Obama with oversexed and/or promiscuous young white women", nota Joshua Micah Marshall no Talking Points Memo) e também nos conservadores (Michelle Malkin escreve sobre a "Brangelina-fication of the Obamas" para a National Review; "I think the ad does play into a lot of fears voters have about Obama. On the other hand, I really wonder if it's going to work", duvida o The New Republic).

terça-feira, 29 de julho de 2008

A paixão

Depois das reclamações da campanha de John McCain, a imprensa americana embarcou numa sessão de psicoterapia colectiva, assumindo, questionando, interpretando, justificando e desculpando a sua paixão por Barack Obama. Aqui, uma reflexão interessante de Steve Chapman no Chicago Tribune. Para aguçar a curiosidade, fica o (particularmente divertido) primeiro parágrafo:"I came into the office the other day, wearing an "Obama 2008" cap, a "Yes We Can" button, a "Team Obama" T-shirt, carrying an "Obama for Change" tote bag filled with Obama bumper stickers, made a stop at the Obama altar in the newsroom, strewed some rose petals, chanted a few hosannas, lit a votive candle and had a sudden thought: Is the news media's love affair with Barack Obama getting out of hand?"

Gallup

A Gallup divulgou hoje dois números:

- uma sondagem nacional para o USA Today, que coloca o democrata Barack Obama na liderança das preferências dos eleitores com 47 por cento, mas pela primeira vez revela maior intenção de voto no republicano John McCain quando a amostra é reduzida aos eleitores que mais provavelmente votarão em Novembro (49 por cento);

- a sondagem diária, que dá conta de uma diferença de um ponto percentual entre ontem e hoje nos números de Obama (de 49 para 48 por cento) e parece sugerir que o candidato democrata consolidou uma curta margem para o seu rival na sequência do seu mediático périplo internacional.

A volatilidade das sondagens nesta fase do campeonato lembra-nos a todos que ainda estamos no princípio da campanha eleitoral e que os americanos só vão prestar verdadeiramente atenção aos dois candidatos presidenciais depois do Verão. Em Washington, onde não há praia para entreter, é fácil esquecer que no resto do país as pessoas estão a pensar em férias.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Biópsia

O republicano John McCain, que já por quatro vezes foi submetido a tratamentos médicos por causa de incidências de melanoma, fez uma pausa no seu discurso sobre energia para falar na necessidade de usar protector solar e tomar precauções contra a exposição ao sol. O senador do Arizona acabava de visitar a sua dermatologista, que decidiu realizar uma biópsia -- o candidato sublinhou tratar-se de um exame de rotina destinado a confirmar que goza de perfeita saúde.

Uma campanha igual às outras?

Quando o republicano John McCain e o democrata Barack Obama asseguraram matematicamente as nomeações dos respectivos partidos (só serão "oficialmente" candidatos presidenciais depois de confirmados nas Convenções), logo a imprensa começou a falar do carácter inédito destas eleições -- e não apenas porque os Estados Unidos voltarão a ver um senador ascender à presidência, porque um candidato é o primeiro afro-americano a poder ser eleito ou porque o outro seria o Presidente mais velho de sempre no caso de vitória.
Desde o início, as duas candidaturas prometeram uma campanha diferente, e por algum tempo parecia ser possível, dadas as características pessoais dos concorrentes — McCain, o "rebelde"; Obama, o "fenómeno" — e a sua proclamada vontade de ultrapassar as estéreis questiúnculas políticas e discutir os temas que estão em jogo nesta eleição, sem ataques pessoais.
Não durou muito esta promessa. Como escreve hoje o Politico, a linha acaba de ser transposta, com a candidatura de John McCain a produzir anúncios televisivos que questionam o carácter do seu rival e põem em causa o seu patriotismo. O novo slogan da campanha do republicano: "McCain, Country First".

100 dias

Faltam cem dias para as presidenciais.

Na blogosfera americana, crescem as especulações sobre a possibilidade do republicano John McCain anunciar o nome do seu candidato a vice-presidente já esta segunda-feira.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

No ar

Pela primeira vez em 27 anos de existência, o canal de música MTV abriu o seu espaço publicitário a anúncios políticos. O primeiro de todos, pago por uma organização chamada "Let Freedom Ring", começou a passar há dois dias e é sobre Barack Obama -- surpreendentemente, contra Barack Obama.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Barack Obama em Berlim


"Shades of Ronald Reagan couldn't have been more present had he screamed his name out loud", Christopher C. Hull, professor assistente do departamento de Government da Universidade de Georgetown, em declarações ao PÚBLICO.

p.s. O discurso na íntegra, aqui.
p.p.s. O comentário da campanha de John McCain, aqui.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Verdade ou consequência

A campanha do republicano John McCain disse que não ia fazer nenhuns comentários sobre a alegada iminência do anúncio da sua escolha para candidato a vice-presidente, e percebe-se porquê: aparentemente, a informação foi atirada por responsáveis da sua candidatura, para desviar as atenções da comunicação social da viagem de Obama.

terça-feira, 22 de julho de 2008

Capa

O candidato

Cumprindo uma rotina tipicamente washingtoniana, fui ontem até ao Mall para a sessão semanal do Screen on the Green, ignorando os 35 graus de temperatura e os impiedosos esquadrões de mosquitos que sempre atacam ao lusco-fusco. Tinha cobertor para o relvado, merenda de sobra para todos os amigos, repelente para os bichos (não adiantou nada) e, principalmente, grande expectativa quanto à reacção popular ao cartaz da noite -- "The Candidate", um filme de 1972 sobre a campanha eleitoral de um concorrente ao Senado pelo estado da Califórnia. Tirando as picadas, o programa foi um sucesso.
Robert Redford, ainda na sua época de galã, interpreta Bill McKay, um advogado de causas liberais, cujo sucesso e juventude não passa desapercebido aos operacionais do Partido Democrata, desesperados por um novo rosto que os relance na cena política californiana. McKay aceita entrar nessa arena mediante as suas próprias regras: dizer o que quiser, dirigir a sua campanha. O partido aceita, até porque a corrida está perdida. As coisas mudam, porém, depois da vitória das primárias. A máquina apura-se e a "novidade" e "idealismo" do candidato são, primeiro para evitar uma humilhação eleitoral, depois para vencer o opositor republicano, um político veterano e habituado aos meandros de Washington, Crocker Jarmon.
Só um eremita não via neste enredo uma óbvia relação com a actual disputa Obama/McCain e a verdade é que em vários momentos era difícil distinguir a ficção e a realidade. Depois de meio ano de campanha, estamos todos "hipnotizados" pelas eleições, e eu e os meus três amigos repórteres imediatamente trocamos olhares quando no filme o candidato republicano se referiu à sua plateia chamando-os "my friends" ou elogiou os "grandes generais americanos", tal como John McCain; quando o democrata falou na necessidade de incluir a raça e a pobreza na discussão eleitoral, num momento verdadeiramente "obâmico", ou ainda quando os operacionais das duas campanhas se degladiavam para distribuir propaganda e aliciar eleitores -- "Quem é que não vai fazer reportagem sobre os voluntários em Novembro?", perguntamo-nos com cinismo.
O mais curioso, porém, foi perceber como o discurso político se depurou de tal maneira, que é capaz de se repetir num perpétuo contínuo -- redondo e cifrado, sem dúvida, mas sem perder actualidade nem sentido através das décadas. O apelo e atracção do discurso e da personalidade de McKay nos longínquos anos 70 não é diferente daquela que hoje exacerba Barack Obama e projecta o seu estatuto de fenómeno político. As palmas e vivas dos espectadores deitados na relva às inúmeras referências da agenda liberal americana seguramente não eram de deslumbramento pela qualidade do diálogo ou desempenho dramático do elenco -- mas uma confirmação da validade teórica e política dessas mesmas propostas, hoje repetidas por um novo actor e num novo contexto.
O belíssimo texto do filme foi escrito por Jeremy Larner, que trabalhou como speechwriter do senador Eugene McCarthy durante a sua campanha pela nomeação democrata em 1968. O argumento captura todas as vicissitudes e estados de alma de uma campanha, e de forma particularmente brilhante, na última deixa: "What do we do now?", pergunta Bill McKay, num relâmpago de lucidez, antes de se perder na multidão e fechar definitivamente a porta de um quarto de hotel vazio de vida.


p.s. Há noites em que Washington parece mesmo um lugar à parte no mundo. Não sei de nenhum outro onde milhares de pessoas enchessem por completo um parque longe de tudo para assistir a um filme com mais de 30 anos sobre uma eleição.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

New York Times recusa artigo a McCain

Barack Obama está fora do país, com toda a imprensa americana atrás dele, e a candidatura de John McCain continua em dificuldades para ocupar o palco mediático. Desde sexta-feira que a discussão tem sido sobre as diferenças do tratamento jornalístico de uma e outra candidatura -- será que os preparativos para a viagem internacional do candidato democrata justificam tanto tempo de antena?, questionava (não sem razão) a campanha do republicano.
As reclamações do campo de McCain ganharam credibilidade com a divulgação de uma série de dados que confirmam a preferência dos meios de comunicação e respectivas audiências pela cobertura de Obama. Claro que a natureza do trabalho jornalístico é complexa e os números não podem deixar de ser explicados no contexto da campanha: i) Obama é a cara fresca na corrida, menos conhecido do público e por isso suscita mais curiosidade; ii) A corrida pela nomeação democrata foi muito mais competitiva e prolongou-se por muito mais tempo do que a republicana, pelo que recebeu mais cobertura; iii) O senador republicano não convidou a imprensa americana a acompanhá-lo nalgumas das suas deslocações internacionais; iiii) O excesso de exposição nem sempre é positivo: muitas vezes Obama esteve nas notícias por causa de polémicas que prejudicaram a sua campanha.
Em todas as campanhas, o lado republicano reclama da simpatia e tolerância da imprensa liberal contra os seus candidatos; e os democratas reclamam da agenda política das estações conservadoras (que são as de maior audiência).
Mas às vezes, há coisas difíceis de explicar. Inteligente, por isso, a campanha do senador do Arizona, que está a aproveitar a recusa do painel editorial do "The New York Times" em publicar um artigo de opinião de John McCain sobre o Iraque, em resposta a um texto de Barack Obama sobre o assunto, que saiu naquele diário...

Act. A explicação do "The New York Times", aqui

quinta-feira, 17 de julho de 2008

45 milhões

O antigo governador do Massachusetts, Mitt Romney, vai reclassificar como "donativos" os 45 milhões de dólares que emprestou da sua fortuna pessoal à sua candidatura falhada para a nomeação republicana. Aparentemente, a medida destina-se a aumentar as suas hipóteses de vir a ser escolhido para a vice-presidência.

52 milhões

Junho foi o segundo melhor mês de sempre para as finanças da campanha do democrata Barack Obama: o senador do Illinois arrecadou 52 milhões de dólares, com uma média de 68 dólares por contribuição. Aqui, a Newsweek explica o significado dos números de Obama. Aqui, o Washington Post põe os resultados em contexto.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Momento de cabaret

Cortesia dos inevitáveis JibJab: "It's time for some campaigning".

terça-feira, 15 de julho de 2008

A mesma estratégia de vitória para o Afeganistão

Excerptos da resposta do senador republicano John McCain, num discurso em Albuquerque, Novo México

Novo curso no Iraque
"Over the last year, Senator Obama and I were part of a great debate about the war in Iraq. Both of us agreed the Bush administration had pursued a failed strategy there and that we had to change course. Where Senator Obama and I disagreed, fundamentally, was what course we should take. I called for a comprehensive new strategy -- a surge of troops and counterinsurgency to win the war. Senator Obama disagreed. He opposed the surge, predicted it would increase sectarian violence, and called for our troops to retreat as quickly as possible.
Today we know Senator Obama was wrong. The surge has succeeded. And because of its success, the next President will inherit a situation in Iraq in which America's enemies are on the run, and our soldiers are beginning to come home. Senator Obama is departing soon on a trip abroad that will include a fact-finding mission to Iraq and Afghanistan. And I note that he is speaking today about his plans for Iraq and Afghanistan before he has even left, before he has talked to General Petraeus, before he has seen the progress in Iraq, and before he has set foot in Afghanistan for the first time. In my experience, fact-finding missions usually work best the other way around: first you assess the facts on the ground, then you present a new strategy."

Sucesso no Afeganistão depende do Iraque
"Another test awaits whoever wins this election: the war in Afghanistan. The status quo is not acceptable. Security in Afghanistan has deteriorated, and our enemies are on the offensive. From the moment the next President walks into the Oval Office, he will face critical decisions about Afghanistan.
Senator Obama will tell you we can't win in Afghanistan without losing in Iraq. In fact, he has it exactly backwards. It is precisely the success of the surge in Iraq that shows us the way to succeed in Afghanistan. It is by applying the tried and true principles of counter-insurgency used in the surge -- which Senator Obama opposed -- that we will win in Afghanistan. With the right strategy and the right forces, we can succeed in both Iraq and Afghanistan. I know how to win wars. And if I'm elected President, I will turn around the war in Afghanistan, just as we have turned around the war in Iraq, with a comprehensive strategy for victory."

Estratégia para a vitória
"That strategy will have several components. Our commanders on the ground in Afghanistan say that they need at least three additional brigades. Thanks to the success of the surge, these forces are becoming available, and our commanders in Afghanistan must get them. But sending more forces, by itself, is not enough to prevail. In the 18 months that Senator Obama has been campaigning for the presidency, the number of NATO forces in Afghanistan has already almost doubled -- from 33,000 in January 2007 to about 53,000 today. Yet security has still deteriorated. What we need in Afghanistan is exactly what Gen. Petraeus brought to Iraq: a nationwide civil-military campaign plan that is focused on providing security for the population. Today no such integrated plan exists. When I am commander-in-chief, it will.
(...) A successful counterinsurgency requires more than military force. It requires all instruments of our national power, and that military and civilian leaders work together, at all levels, under a joint plan. (...) I will appoint a highly-respected national security leader, based in the White House and reporting directly to the President, whose sole mission will be to ensure we bring the war in Afghanistan to a successful end.
(...) We also need to increase our non-military assistance to the Afghan government, with a multi-front plan for strengthening its institutions, the rule of law, and the economy in order to provide a sustainable alternative to the drug trade. Getting control of narcotics trafficking is central to our efforts in Afghanistan. Alternative crops must be able to get to market and traffickers must be arrested and prosecuted by enhanced Special Courts. We should agree on specific governance and development benchmarks with the Afghan government, then work with them closely to ensure they are met."

Derrotar radicalismo no Paquistão
"A special focus of our regional strategy must be Pakistan, where terrorists today enjoy sanctuary. This must end. We must strengthen local tribes in the border areas who are willing to fight the foreign terrorists there -- the strategy used successfully in Anbar and elsewhere in Iraq. We must convince Pakistanis that this is their war as much as it is ours. And we must empower the new civilian government of Pakistan to defeat radicalism with greater support for development, health, and education. Senator Obama has spoken in public about taking unilateral military action in Pakistan. In trying to sound tough, he has made it harder for the people whose support we most need to provide it. I will not bluster, and I will not make idle threats. But understand this: when I am commander -in-chief, there will be nowhere the terrorists can run, and nowhere they can hide."

Estratégia para lá de Bagdad

Excerptos do discurso de Barack Obama sobre segurança nacional, no Ronald Reagan Building and International Trade Center de Washington DC

As oportunidades perdidas do pós-11 de Setembro
"Imagine, for a moment, what we could have done in those days, and months, and years after 9/11.
We could have deployed the full force of American power to hunt down and destroy Osama bin Laden, al Qaeda, the Taliban, and all of the terrorists responsible for 9/11, while supporting real security in Afghanistan.
We could have secured loose nuclear materials around the world, and updated a 20th century non-proliferation framework to meet the challenges of the 21st.
We could have invested hundreds of billions of dollars in alternative sources of energy to grow our economy, save our planet, and end the tyranny of oil.
We could have strengthened old alliances, formed new partnerships, and renewed international institutions to advance peace and prosperity.
(...) Instead, we have lost thousands of American lives, spent nearly a trillion dollars, alienated allies and neglected emerging threats – all in the cause of fighting a war for well over five years in a country that had absolutely nothing to do with the 9/11 attacks."

A guerra do Iraque e a política externa
"What’s missing in our debate about Iraq – what has been missing since before the war began – is a discussion of the strategic consequences of Iraq and its dominance of our foreign policy. This war distracts us from every threat that we face and so many opportunities we could seize. This war diminishes our security, our standing in the world, our military, our economy, and the resources that we need to confront the challenges of the 21st century. By any measure, our single-minded and open-ended focus on Iraq is not a sound strategy for keeping America safe."

Nova estratégia de segurança nacional
"As President, I will pursue a tough, smart and principled national security strategy – one that recognizes that we have interests not just in Baghdad, but in Kandahar and Karachi, in Tokyo and London, in Beijing and Berlin. I will focus this strategy on five goals essential to making America safer: ending the war in Iraq responsibly; finishing the fight against al Qaeda and the Taliban; securing all nuclear weapons and materials from terrorists and rogue states; achieving true energy security; and rebuilding our alliances to meet the challenges of the 21st century."

Retirada do Iraque
"Now, all of us recognize that we must do more than look back – we must make a judgment about how to move forward. What is needed? What can best be done? What must be done? Senator McCain wants to talk of our tactics in Iraq; I want to focus on a new strategy for Iraq and the wider world.
(...) I strongly stand by my plan to end this war. Now, Prime Minister Maliki’s call for a timetable for the removal of U.S. forces presents a real opportunity. It comes at a time when the American general in charge of training Iraq’s Security Forces has testified that Iraq’s Army and Police will be ready to assume responsibility for Iraq’s security in 2009. Now is the time for a responsible redeployment of our combat troops that pushes Iraq’s leaders toward a political solution, rebuilds our military, and refocuses on Afghanistan and our broader security interests.
(...) To achieve that success, I will give our military a new mission on my first day in office: ending this war. Let me be clear: we must be as careful getting out of Iraq as we were careless getting in. We can safely redeploy our combat brigades at a pace that would remove them in 16 months. That would be the summer of 2010 – one year after Iraqi Security Forces will be prepared to stand up; two years from now, and more than seven years after the war began. After this redeployment, we’ll keep a residual force to perform specific missions in Iraq: targeting any remnants of al Qaeda; protecting our service members and diplomats; and training and supporting Iraq’s Security Forces, so long as the Iraqis make political progress.
We will make tactical adjustments as we implement this strategy – that is what any responsible Commander-in-Chief must do. As I have consistently said, I will consult with commanders on the ground and the Iraqi government. We will redeploy from secure areas first and volatile areas later. We will commit $2 billion to a meaningful international effort to support the more than 4 million displaced Iraqis. We will forge a new coalition to support Iraq’s future – one that includes all of Iraq’s neighbors, and also the United Nations, the World Bank, and the European Union – because we all have a stake in stability. And we will make it clear that the United States seeks no permanent bases in Iraq."

Mais tropas para o Afeganistão e mais assistência financeira
"I will send at least two additional combat brigades to Afghanistan, and use this commitment to seek greater contributions – with fewer restrictions – from NATO allies. I will focus on training Afghan security forces and supporting an Afghan judiciary, with more resources and incentives for American officers who perform these missions. Just as we succeeded in the Cold War by supporting allies who could sustain their own security, we must realize that the 21st century’s frontlines are not only on the field of battle – they are found in the training exercise near Kabul, in the police station in Kandahar, and in the rule of law in Herat.
Moreover, lasting security will only come if we heed Marshall’s lesson, and help Afghans grow their economy from the bottom up. That’s why I’ve proposed an additional $1 billion in non-military assistance each year, with meaningful safeguards to prevent corruption and to make sure investments are made – not just in Kabul – but out in Afghanistan’s provinces. As a part of this program, we’ll invest in alternative livelihoods to poppy-growing for Afghan farmers, just as we crack down on heroin trafficking. We cannot lose Afghanistan to a future of narco-terrorism. The Afghan people must know that our commitment to their future is enduring, because the security of Afghanistan and the United States is shared."

Pressão sobre o Paquistão
"The greatest threat to that security lies in the tribal regions of Pakistan, where terrorists train and insurgents strike into Afghanistan. We cannot tolerate a terrorist sanctuary, and as President, I won’t. We need a stronger and sustained partnership between Afghanistan, Pakistan and NATO to secure the border, to take out terrorist camps, and to crack down on cross-border insurgents. We need more troops, more helicopters, more satellites, more Predator drones in the Afghan border region. And we must make it clear that if Pakistan cannot or will not act, we will take out high-level terrorist targets like bin Laden if we have them in our sights.
Make no mistake: we can’t succeed in Afghanistan or secure our homeland unless we change our Pakistan policy. We must expect more of the Pakistani government, but we must offer more than a blank check to a General who has lost the confidence of his people. It’s time to strengthen stability by standing up for the aspirations of the Pakistani people. That’s why I’m cosponsoring a bill with Joe Biden and Richard Lugar to triple non-military aid to the Pakistani people and to sustain it for a decade, while ensuring that the military assistance we do provide is used to take the fight to the Taliban and al Qaeda. We must move beyond a purely military alliance built on convenience, or face mounting popular opposition in a nuclear-armed nation at the nexus of terror and radical Islam."

Todos os elementos do poder americano contra o Irão
"We cannot tolerate nuclear weapons in the hands of nations that support terror. Preventing Iran from developing nuclear weapons is a vital national security interest of the United States. No tool of statecraft should be taken off the table, but Senator McCain would continue a failed policy that has seen Iran strengthen its position, advance its nuclear program, and stockpile 150 kilos of low enriched uranium. I will use all elements of American power to pressure the Iranian regime, starting with aggressive, principled and direct diplomacy – diplomacy backed with strong sanctions and without preconditions.
There will be careful preparation. I commend the work of our European allies on this important matter, and we should be full partners in that effort. Ultimately the measure of any effort is whether it leads to a change in Iranian behavior. That’s why we must pursue these tough negotiations in full coordination with our allies, bringing to bear our full influence – including, if it will advance our interests, my meeting with the appropriate Iranian leader at a time and place of my choosing.
We will pursue this diplomacy with no illusions about the Iranian regime. Instead, we will present a clear choice. If you abandon your nuclear program, support for terror, and threats to Israel, there will be meaningful incentives. If you refuse, then we will ratchet up the pressure, with stronger unilateral sanctions; stronger multilateral sanctions in the Security Council, and sustained action outside the UN to isolate the Iranian regime."

Independência energética e aquecimento global
"One of the most dangerous weapons in the world today is the price of oil. (...) This immediate danger is eclipsed only by the long-term threat from climate change.
(...) This is not just an economic issue or an environmental concern – this is a national security crisis. For the sake of our security – and for every American family that is paying the price at the pump – we must end this dependence on foreign oil. And as President, that’s exactly what I’ll do. Small steps and political gimmickry just won’t do. I’ll invest $150 billion over the next ten years to put America on the path to true energy security. This fund will fast track investments in a new green energy business sector that will end our addiction to oil and create up to 5 million jobs over the next two decades, and help secure the future of our country and our planet. We’ll invest in research and development of every form of alternative energy – solar, wind, and biofuels, as well as technologies that can make coal clean and nuclear power safe.
(...) I will reach out to the leaders of the biggest carbon emitting nations and ask them to join a new Global Energy Forum that will lay the foundation for the next generation of climate protocols. We will also build an alliance of oil-importing nations and work together to reduce our demand, and to break the grip of OPEC on the global economy. We’ll set a goal of an 80% reduction in global emissions by 2050. And as we develop new forms of clean energy here at home, we will share our technology and our innovations with all the nations of the world."

Novos e velhos aliados
"Now is the time for a new era of international cooperation. It’s time for America and Europe to renew our common commitment to face down the threats of the 21st century just as we did the challenges of the 20th. It’s time to strengthen our partnerships with Japan, South Korea, Australia and the world’s largest democracy – India – to create a stable and prosperous Asia. It’s time to engage China on common interests like climate change, even as we continue to encourage their shift to a more open and market-based society. It’s time to strengthen NATO by asking more of our allies, while always approaching them with the respect owed a partner. It’s time to reform the United Nations, so that this imperfect institution can become a more perfect forum to share burdens, strengthen our leverage, and promote our values. It’s time to deepen our engagement to help resolve the Arab-Israeli conflict, so that we help our ally Israel achieve true and lasting security, while helping Palestinians achieve their legitimate aspirations for statehood.
And just as we renew longstanding efforts, so must we shape new ones to meet new challenges. That’s why I’ll create a Shared Security Partnership Program – a new alliance of nations to strengthen cooperative efforts to take down global terrorist networks, while standing up against torture and brutality. That’s why we’ll work with the African Union to enhance its ability to keep the peace. That’s why we’ll build a new partnership to roll back the trafficking of drugs, and guns, and gangs in the Americas. That’s what we can do if we are ready to engage the world.
We will have to provide meaningful resources to meet critical priorities. I know development assistance is not the most popular program, but as President, I will make the case to the American people that it can be our best investment in increasing the common security of the entire world. That was true with the Marshall Plan, and that must be true today. That’s why I’ll double our foreign assistance to $50 billion by 2012, and use it to support a stable future in failing states, and sustainable growth in Africa; to halve global poverty and to roll back disease."

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Política externa de Barack Obama

É extensa, mas vale a pena ler a transcrição da entrevista de Fareed Zakaria a Barack Obama, ontem no seu programa da CNN. É todo o pensamento de política externa do candidato democrata — do fundamentalismo islâmico como o "desafio transcendental do século XXI" e a pena de morte para Osama Bin Laden, à Rússia, China e proliferação nuclear, a guerra do Iraque, o Irão ou Jerusalém como a capital de Israel.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Nota máxima

Segundo uma sondagem do Pew Research Center for The People and the Press, 56 por cento dos americanos classifica com a nota máxima a campanha do democrata Barack Obama. Interessante análise dos números no blogue do Los angeles Times.

Eavesdropping*

Na esplanada de um restaurante libanês de Washington, um grupo na mesa ao lado da minha falava sobre a probabilidade de Barack Obama ser eleito Presidente dos Estados Unidos:

"Não me admiraria nada que ele mantivesse uma taxa de aprovação de de 60 por cento ou mais e mesmo assim perdesse as eleições"


* hábito de escutar atrás das portas

quinta-feira, 10 de julho de 2008

País de choramingões

O presumível candidato republicano, John McCain, teve de demarcar-se das declarações de um dos seus principais conselheiros económicos, o antigo senador do Texas Phil Gramm, que numa entrevista ao jornal "The Washington Times" tentou dispersar o espectro da crise e da depressão dizendo que a América está transformada num "país de choramingões" em estado de "recessão mental". "A América está a atravessar grandes dificuldades e enfrenta enormes desafios económicos", disse McCain. Como repete a CNN a cada segundo, a economia é o tema número um nas prioridades dos eleitores.

T-shirt

Aparentemente, a campanha de Hillary Clinton está em dificuldades para pagar a dívida de mais de 20 milhões de dólares que sobrou da sua candidatura presidencial. As organizações "ad-hoc" que se constituíram para prolongar o seu apoio à senadora de Nova Iorque dão mostras de intranquilidade com a aproximação da data limite para o pagamento da dívida proposta pelo Comité Nacional Democrata.Ontem, Hillary juntou-se a Barack Obama em Nova Iorque, numa acção de recolha de fundos do candidato democrata -- que depois de discursar, teve de regressar ao palco por se ter esquecido de pedir aos doadores um pouquinho mais de boa-vontade, sob a forma de cheques à campanha da sua antiga adversária.
Mas os financiadores de Obama parecem pouco dados a generosidades, e até agora reuniram pouco mais de 100 mil dólares. Pelos vistos, nesta conjuntura de crise em que o dinheiro não circula com tanto à-vontade, os apoiantes querem certificar-se que os seus donativos serão utilizados no combate eleitoral de Novembro contra o republicano John McCain, em vez de "ajudar" uma milionária que acumulou uma dívida substancial na manutenção da sua candidatura mesmo depois de ser claro que não tinha qualquer hipótese matemática de alcançar a nomeação. E, particularmente, não suportam a ideia de pagar a conta a Mark Penn, o consultor de Hillary Clinton que associam aos piores momentos da campanha, e que continua a embaraçar a vida política da senadora (como nota Ezra Klein).

Hoje, a campanha Clinton lançou uma nova iniciativa para angariar fundos: a venda das t-shirts recebidas no âmbito de um concurso de criatividade promovido no passado mês de Maio por Chelsea Clinton. A adesão foi impressionante: a campanha viu-se a braços com mais de cinco mil t-shirts e contou com mais de 125 mil votos para escolher a melhor. Agora, cada contribuição de 50 dólares dará direito a guardar um exemplar da t-shirt vencedora. Resta saber quanto custarão, mais tarde, no eBay.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Boston Obama

Uma pequena galeria de Boston convidou 40 artistas a expressarem as suas ideias sobre política. O resultado do trabalho de Ron English não deixou ninguém indiferente -- e provocou reacções imediatas, como deu conta o Boston Globe.

terça-feira, 8 de julho de 2008

Jogo de palavras

Qual a palavra que os americanos associam a cada um dos candidatos presidenciais?
Mudança [Change], quando pensam em Barack Obama; Velho [Old], se pensam em John McCain, segundo a sondagem da Associated Press/USA Today.

Problema para McCain

Imigração, aquecimento global, investigação com células estaminais e financiamento partidário -- eis alguns dos "problemas" que grupos conservadores têm com a inevitável revisão da plataforma republicana pela candidatura de John McCain (de acordo com uma notícia do Washington Post).
Um aperitivo:
"The current GOP platform is a 100-page document, and all but nine pages mention Bush's name. Virtually the entire platform will have to be rewritten to lessen the imprint of the president, who has the highest disapproval rating of any White House occupant since Richard M. Nixon. It is the prospect of a total rewrite that worries some."

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Discurso

O presumível candidato democrata à Casa Branca, Barack Obama, devia estar em Charlotte, na Carolina do Norte, onde estava previsto um comício sobre temas económicos. Mas, em vez disso, o senador do Illinois está em St. Louis a tentar encontrar um lugar adequado para poder ler o seu discurso à travelling press que o acompanha para todo o lado -- e que, por isso, também foram desviados para aquela cidade do Missouri, como medida de precaução, depois de se terem verificado anomalias técnicas no avião em que viajavam.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Dia da Independência


"Happy 4th!", diz-se por aqui, a cada cumprimento.
Hoje é dia de bandeiras, de fogo-de-artifício e de churrascos -- segundo uma sondagem da CNN, se pudessem ter um dos candidatos presidenciais no seu barbeque, 52 por cento dos americanos preferiam conviver com o democrata Barack Obama enquanto 45 por cento convidariam o republicano John McCain.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

As contas de Karl Rove

No "The Wall Street Journal" de hoje. Argumenta o conselheiro de George W. Bush que, ao contrário do que tem sido escrito e reescrito nesta campanha, a candidatura de John McCain nada tem a temer com a capacidade de financiamento do seu opositor democrata Barack Obama.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

McCain baralha

Nova dança de cadeiras na campanha de John McCain. Precisamente um ano depois da (designada) Black Monday, quando caiu metade da equipa do senador republicano do Arizona, volta a haver mexidas substantivas no círculo dirigente da candidatura, e a coisa pode resumir-se numa frase: os experimentados operacionais de Bush assumiram o controlo das operações. A ideia é afinar a máquina, com alterações na organização nacional (acaba-se a estrutura ligeira e flexível - "lean and mean", como ficou conhecida - das primárias) e acabar com a série de "erros não forçados" que punham em causa a mensagem do candidato -- a preponderância de "lobbyistas" no grupo de conselheiros ou o apoio de figuras incómodas como o reverendo John Hagee.


p.s. Enquanto o candidato republicano ainda estava na Colômbia, foi anunciado o resgate da antiga candidata presidencial Ingrid Betancourt e de três outros reféns norte-americanos sequestrados pelas FARC há mais de cinco anos. Recebo uma mensagem de uma amiga a comentar: "Straaaaange... Justo no dia em que o McCain está lá libertam a Ingrid??". "Bem, seria uma das operações de contra-informação mais sofisticadas da história das campanhas eleitorais!", respondo.

p.p.s. McCain foi informado ontem em Cartagena sobre a iminência da operação militar de resgate de Ingrid Betancourt.

terça-feira, 1 de julho de 2008

El viaje de McCain

A minha grande amiga Lourdes Heredia, correspondente da BBC Mundo em Washington, está a acompanhar a visita do presumível candidato republicano, John McCain, à Colômbia e ao México. A decisão da sua candidatura de deixar o país e empreender uma viagem que tem como objectivos reforçar as credenciais de McCain como conhecedor das questões de defesa e segurança nacional e feroz defensor da liberalização do comércio dá conta de como é efectivamente diferente a campanha do rebelde (e veterano) senador do Arizona. Na presente conjuntura, o público americano não quer ouvir falar destes temas. Ou melhor, quer, mas não para ouvir o que McCain tem para dizer. Segundo uma sondagem da CNN, 51 por cento do eleitorado classifica a abertura comercial como "muito prejudicial" aos interesses americanos (leia-se à manutenção de postos de trabalho nos Estados Unidos). E no que diz respeito a segurança nacional, as atenções da opinião pública estão viradas para o Iraque: só a facção mais conservadora acredita que o perigo vem da fronteira sul do país, e essa é uma reacção ao recrudescimento do tráfico de droga e à entrada de imigrantes ilegais. Mas McCain tem uma posição muito moderada no que diz respeito à reforma da lei de imigração (aliás, em tudo semelhante à do seu opositor Barack Obama).
O que explica, então, a visita de McCain à América Latina? As suas ideias e os seus princípios. O candidato poderá não obter nenhuns dividendos políticos com a viagem, mas esta campanha eleitoral só tem a ganhar com o seu investimento.

Evangélicos

Já se falou à exaustão sobre o tom quase "religioso" da campanha de Barack Obama, particularmente da construção dos seus discursos, num crescendo emotivo semelhante aos sermões do púlpito e à tradição do gospel que, num nível quase subliminar, aproximam e confortam o eleitorado na base da sua experiência religiosa. E também já se percebeu como, apesar da polémica do reverendo Jeremiah Wright (e já agora dos boatos que é um muçulmano radical), o senador do Illinois nunca continua deixou de estar disponível para falar sobre religião ou explicar a sua fé -- mais, até, do que o seu adversário republicano John McCain, que nesta campanha se tem comportado como o verdadeiro candidato laico.
Agora, tornou-se claro como a candidatura de Obama pode capitalizar esses dois trunfos: explorando o crescente descontentamento do chamado voto evangélico com a Administração Bush. Numa estratégia que até há pouco pareceria impossível (e, dirão alguns, directamente copiada do manual de Karl Rove, o arquitecto das duas vitórias presidenciais de George W. Bush), o candidato democrata está activamente, e concertadamente, a cortejar um grupo de eleitores — a coligação cristã — que é heterodoxo e ao mesmo tempo coeso e que representa sensivelmente um quarto do total da população que nunca deixa de votar.
Há vários sinais de que a "maré" pode estar favorável a Obama.
O primeiro de todos, de carácter ideológico, tem a ver com uma espécie de refundação do movimento evangélico, que se reinventou em torno de uma nova agenda social e política: a luta contra a pobreza, o combate às alterações climáticas...
Não quer dizer que os evangélicos se tenham afastado dos ideais conservadores defendidos pelos seus principais porta-vozes de outrora -- os famosos reverendos Jerry Falwell ou Pat Robertson, por exemplo. Só que em temas como o aborto, o casamento gay ou a investigação científica com células estaminais (que estiveram abertamente em jogo na campanha eleitoral de 2004), parece existir uma maior tolerância da comunidade evangélica (considerada moderada) à ideia da separação da igreja e do estado.
Depois há o fenómeno da oposição à guerra do Iraque, que já ultrapassou as tradicionais divisões sectárias na sociedade americana.
E ainda os resultados que Barack Obama obteve em estados tradicionalmente conservadores nas eleições primárias — e a vantagem de que continua a gozar nas sondagens desses lugares, alguns dos quais na lista dos "swing states" que decidem o desfecho das presidenciais.
Há especialistas que acreditam que a campanha de Obama pode reverter a histórica ligação dos evangélicos ao Partido Republicano. Como disse ao "The New York Times" um consultor que trabalha com organizações religiosas conservadoras, o senador do Illinois pode mesmo sonhar em conquistar "até 40 por cento" do voto evangélico, o que seguramente representaria uma revolução dos padrões eleitorais norte-americanos.
A candidatura está atenta a todos estes sinais, e a actuar. Barack Obama anuncia hoje um plano de expansão das chamadas "Faith-Based Initiatives" tão queridas à Administração Bush. E segundo os seus assessores, o candidato democrata tem preparado um novo e ambicioso discurso sobre religião. Tudo a seguir atentamente.