Barack Obama está fora do país, com toda a imprensa americana atrás dele, e a candidatura de John McCain continua em dificuldades para ocupar o palco mediático. Desde sexta-feira que a discussão tem sido sobre as diferenças do tratamento jornalístico de uma e outra candidatura -- será que os preparativos para a viagem internacional do candidato democrata justificam tanto tempo de antena?, questionava (não sem razão) a campanha do republicano.
As reclamações do campo de McCain ganharam credibilidade com a divulgação de uma série de dados que confirmam a preferência dos meios de comunicação e respectivas audiências pela cobertura de Obama. Claro que a natureza do trabalho jornalístico é complexa e os números não podem deixar de ser explicados no contexto da campanha: i) Obama é a cara fresca na corrida, menos conhecido do público e por isso suscita mais curiosidade; ii) A corrida pela nomeação democrata foi muito mais competitiva e prolongou-se por muito mais tempo do que a republicana, pelo que recebeu mais cobertura; iii) O senador republicano não convidou a imprensa americana a acompanhá-lo nalgumas das suas deslocações internacionais; iiii) O excesso de exposição nem sempre é positivo: muitas vezes Obama esteve nas notícias por causa de polémicas que prejudicaram a sua campanha.
Em todas as campanhas, o lado republicano reclama da simpatia e tolerância da imprensa liberal contra os seus candidatos; e os democratas reclamam da agenda política das estações conservadoras (que são as de maior audiência).
Mas às vezes, há coisas difíceis de explicar. Inteligente, por isso, a campanha do senador do Arizona, que está a aproveitar a recusa do painel editorial do "The New York Times" em publicar um artigo de opinião de John McCain sobre o Iraque, em resposta a um texto de Barack Obama sobre o assunto, que saiu naquele diário...
Act. A explicação do "The New York Times", aqui
segunda-feira, 21 de julho de 2008
New York Times recusa artigo a McCain
Posted by Rita Siza at 22:35
Labels: Barack Obama, John McCain, Media
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1 comentário:
Cara Rita,
Há poucas dúvidas que a maior parte dos principais media americanos (excepção obviamente da Fox News)tendencialmente favorece Obama. E isto já nem é de agora, basta lembrar as "queixas" de Bill Clinton. O público americano também se apercebe disso (http://www.politico.com/news/stories/0708/11912.html).
Agora se será muito favorável para Obama, isso é outra questão. Temos a experiência de eleições passadas, onde os republicanos sempre se queixaram da imprensa liberal. E também com alguma razão, apesar de terem a FOX News e o grupo de Rupert Murdoch a trabalhar sempre para os candidatos GOP.
Cumprimentos,
Continuação de excelente trabalho,
Nuno Gouveia
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