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segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Reset

Segundo anuncia Matt Drudge, a campanha de John McCain está preparada para carregar o botão do reset, experimentando um novo discurso, avançando novas propostas económicas e procurando uma nova direcção depois de na semana passada ter visto frustrados os seus esforços para ganhar terreno face a Obama. O proeminente colunista e conselheiro republicano Bill Kristol defende, no New York Times, uma terceira reformulação da equipa, com o despedimento dos seus principais estrategos Rick Davies e Steve Schmidt. Outros sugerem outras manobras para surpreender o eleitorado, como por exemplo a promessa de cumprir apena um mandato. Numa palestra improvisada aos seus voluntários, McCain prometeu um novo espírito para esta semana -- e disse que na próxima quarta-feira, dia do último debate presidencial, planeava "limpar o vocês-sabem-quê" do seu adversário.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Diz-me com quem andas

No manual das tácticas políticas, esta chama-se "culpa por associação": Sarah Palin repete que as amizades de Barack Obama o desqualificam da presidência; os democratas alegam que as atitudes passadas de John McCain provam que ele não tem o julgamento necessário para lidar com a crise económica. A campanha está a ficar feia, nada que os jornais americanos não tivessem já avisado que ia acontecer.



sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Mais anúncios negativos

A desagregação dos valores gastos pela campanha de John McCain em anúcios televisivos demonstra que a campanha republicana está decididamente a investir num tom negativo.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Michigan ainda é indeciso?

A campanha de John McCain está a desinvestir no estado do Michigan, um dos battlegrounds que esperava poder disputar a Barack Obama. As últimas sondagens apontam uma vantagem de dois dígitos para o democrata. Aparentemente, os republicanos pretendem concentrar os seus esforços noutros lugares como o Wisconsin, Florida e Ohio, onde acreditam poder contrariar a recente ascendência de Barack Obama.

Hoje, três sondagens apontavam Obama à frente na Florida -- a CNN/Time Magazine/Opinion Research Corporation dava 51 por cento ao democrata e 47 por cento ao republicano; a Insider Advantage/Poll Position registava 49 por cento para Obama e 46 por cento para McCain e a Suffolk University atribuída 46 por cento a Obama e 42 por cento a McCain.
Os números da Strategic Vision referentes ao Wisconsin davam 49 por cento a Obama e 40 por cento a McCain.


sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Bloco de notas

- No que diz respeito à crise económica, é o caos.

- Não podia ser mais polémica a interferência dos candidatos presidenciais nas negociações do Congresso com vista à aprovação do plano de resgate de Wall Street.

- Difícil de entender o comportamento errático de John McCain. Mas o candidato já garantiu que estará presente no primeiro debate presidencial em Oxford, Mississippi.

- A entrevista de Sarah Palin à CBS não lhe podia ter corrido pior.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

John McCain suspende campanha

O candidato republicano John McCain suspendeu a campanha para se concentrar nas negociações do pacote legislativo de assistência de Wall Street, no valor de 700 mil milhões de dólares, que está em risco de chumbar no Congresso. McCain também quer adiar o primeiro debate televisivo, marcado para a próxima sexta-feira na Universidade de Oxford, Mississippi.

Act.: Alegadamente, a proposta que Mccain acaba de fazer à campanha de Barack Obama é cancelar o debate do Mississippi e enfrentar o seu adversário democrata a 2 de Outubro em St. Louis, para onde está programado o debate vice-presidencial (que teria de ser reagendado ou então cancelado). A campanha de McCain já garantiu que se Obama não aceitar a proposta e insistir em avançar com o debate na próxima sexta-feira sem haver consenso no Congresso quanto ao bail-out de Wall Street, o senador republicano não participará no evento.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

A narrativa eleitoral e os media

Interessante análise sobre os bastidores da narrativa mediática e as percepções do público.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Karl Rove

Não escapou a niguém a ironia de ter sido Karl Rove a notar que o caminho que as campanhas republicana e democrata decidiram seguir na semana passada, com uma sucessão de anúncios fortemente negativos, só pode acabar mal.
O antigo braço direito de George W. Bush — que uns rejeitam como a mente mais maquiavélica da política eleitoral americana, outros festejam como o mais competente, eficaz e inovador operacional político do século, e quase todos reconhecem como "brilhante" — veio recomendar calma às duas candidaturas, no seu típico sorriso de Gioconda.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Ilusão

Até agora, seria impossível desmentir que esta tem sido uma campanha eleitoral diferente das últimas campanhas presidenciais dos Estados Unidos -- substancialmente, por causa da diferença dos candidatos envolvidos face aos protagonistas do passado.
Com a meta a aproximar-se, e a corrida tão renhida, é apenas natural que o combate ideológico aqueça e endureça, mas assistimos já a alguns sinais preocupantes de que se ultrapassou o limiar da concorrência saudável. Começou com a reacção precipitada da campanha de Barack Obama à escolha de Sarah Palin para a vice-presidência: o candidato democrata foi forçado a demarcar-se das tentativas de assassinato de carácter da governadora do Alaska. A campanha republicana hoje prosseguiu na mesma linha, com dois anúncios televisivos que distorcem os factos para descrever o candidato democrato de forma francamente negativa: um deles acusa Obama de querer promover aulas sobre sexo nos infantários (o senador democrata subscreveu uma lei que criava programas que ensinavam as crianças a distinguir predadores sexuais) e o outro usava uma expressão idiomática usada pelo democrata ["lipstick on a pig"] como uma acusação de calúnia.
Ambas as candidaturas continuam a falar de mudança, mas para quem assiste à campanha todos os dias, a perspectiva de uma campanha diferente já não passa de uma ilusão.

Act.: A campanha de John McCain teve de retirar o seu anúncio "Lipstick" do ar por causa de uma queixa da CBS relativamente à utilização de declarações feitas pela sua jornalista Katie Couric a propósito da campanha de Hillary Clinton e que são citadas fora do contexto e sem a sua autorização. O anúncio continua disponível no website oficial da campanha.

sábado, 30 de agosto de 2008

Escrutínio

Segundo o Politico, não demorou muito até os estrategas democratas encontrarem linhas de ataque da escolha de John McCain. Entre as muitas possibilidades: I) a investigação por alegado abuso de poder no despedimento de um dirigente estadual que se recusou a despedir o seu antigo cunhado, envolvido num divórcio litigioso e numa luta pela custódia dos filhos com a sua irmã; II) o financiamento eleitoral de companhias petrolíferas; III) o aumento em 20 milhões de dólares (3 mil dólares ppor cada habitante) da dívida de longo prazo da cidade de Wasilla enquanto foi "mayor"; IV) o veto de vários projectos de energias alternativas.
Outras linhas que os democratas pretendem explorar: Sarah Palin não apoiou a candidatura de John McCain durante as primárias republicanas e declarou que não gostava das "choraminguices" de Hillary Clinton. Opôs-se à protecção dos ursos polares pela sua classificação na lista das espécies ameaçadas e defende a caça de grizzlies. E há apenas um mês, a governadora disse que apoiava o programa energético de Barack Obama e que não percebia exactamente o que é que faz um vice-presidente.


p.s. - O Almanac of American Politics 2008 tem o perfil e o registo de todos os votos de Sarah Palin.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

John Kerry

Em 2004, quando o senador do Massachusetts John Kerry foi o candidato democrata à Casa Branca, foi criticado por não ter ido decisivamente ao ataque do seu opositor George W. Bush logo desde a Convenção. Quatro anos mais tarde, Kerry corrigiu o tiro, contra as as políticas do actual Presidente e as tácticas dos republicanos. E atingiu John McCain: "O senador McCain, que antes se insurgiu contra os boatos de Karl Rove que o atingiam, metaforseou-se no candidato McCain que usa as mesmas tácticas de Rove e a mesma equipa de Rove para repetir as mesmas polºíticas do medo e da difamação. Mas desta vez não. Estas tácticas de Rove e McCain estão velhas e ultrapassadas, e em 2008 vão ser rejeitadas pela América".

sábado, 23 de agosto de 2008

Joe Biden candidato à vice-presidência

Sem tempo para escrever sobre a escolha de Barack Obama para a vice-presidência (o PÚBLICO está de viagem para a Convenção Democrata em Denver), ficam algumas considerações das agências noticiosas e imprensa norte-americana sobre o senador do Delaware, Joseph Biden:

- a biografia do senador de 65 anos
- o que a decisão diz de Obama e o que Biden pode trazer à candidatura democrata, aqui

- traz experiência nos assuntos de política externa, mas acarreta riscos para a campanha

- o impacto da escolha de Biden nas sondagens, aqui

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Silly season

O Congresso está parado para férias, Washington está deserta, os americanos andam fascinados com os Jogos Olímpicos, Barack Obama foi a banhos para o Havai e John McCain anda a percorrer a Pensilvânia, arrastando um punhado de jornalistas dispostos a assegurar (nada mais do que ) os serviços mínimos da cobertura eleitoral. A imprensa especula sobre que consequências teria tido para as primárias democratas a indiscrição sexual do antigo candidato John Edwards se tivesse sido reportada mais cedo, e recupera a má-vontade da campanha de Hillary Clinton contra o seu anterior adversário Barack Obama. A realidade é que a campanha abrandou com o calor -- nem a novela dos vice-presidenciáveis entusiasma o suficiente para se deixar a sombra.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Uma campanha igual às outras?

Quando o republicano John McCain e o democrata Barack Obama asseguraram matematicamente as nomeações dos respectivos partidos (só serão "oficialmente" candidatos presidenciais depois de confirmados nas Convenções), logo a imprensa começou a falar do carácter inédito destas eleições -- e não apenas porque os Estados Unidos voltarão a ver um senador ascender à presidência, porque um candidato é o primeiro afro-americano a poder ser eleito ou porque o outro seria o Presidente mais velho de sempre no caso de vitória.
Desde o início, as duas candidaturas prometeram uma campanha diferente, e por algum tempo parecia ser possível, dadas as características pessoais dos concorrentes — McCain, o "rebelde"; Obama, o "fenómeno" — e a sua proclamada vontade de ultrapassar as estéreis questiúnculas políticas e discutir os temas que estão em jogo nesta eleição, sem ataques pessoais.
Não durou muito esta promessa. Como escreve hoje o Politico, a linha acaba de ser transposta, com a candidatura de John McCain a produzir anúncios televisivos que questionam o carácter do seu rival e põem em causa o seu patriotismo. O novo slogan da campanha do republicano: "McCain, Country First".

terça-feira, 1 de julho de 2008

Evangélicos

Já se falou à exaustão sobre o tom quase "religioso" da campanha de Barack Obama, particularmente da construção dos seus discursos, num crescendo emotivo semelhante aos sermões do púlpito e à tradição do gospel que, num nível quase subliminar, aproximam e confortam o eleitorado na base da sua experiência religiosa. E também já se percebeu como, apesar da polémica do reverendo Jeremiah Wright (e já agora dos boatos que é um muçulmano radical), o senador do Illinois nunca continua deixou de estar disponível para falar sobre religião ou explicar a sua fé -- mais, até, do que o seu adversário republicano John McCain, que nesta campanha se tem comportado como o verdadeiro candidato laico.
Agora, tornou-se claro como a candidatura de Obama pode capitalizar esses dois trunfos: explorando o crescente descontentamento do chamado voto evangélico com a Administração Bush. Numa estratégia que até há pouco pareceria impossível (e, dirão alguns, directamente copiada do manual de Karl Rove, o arquitecto das duas vitórias presidenciais de George W. Bush), o candidato democrata está activamente, e concertadamente, a cortejar um grupo de eleitores — a coligação cristã — que é heterodoxo e ao mesmo tempo coeso e que representa sensivelmente um quarto do total da população que nunca deixa de votar.
Há vários sinais de que a "maré" pode estar favorável a Obama.
O primeiro de todos, de carácter ideológico, tem a ver com uma espécie de refundação do movimento evangélico, que se reinventou em torno de uma nova agenda social e política: a luta contra a pobreza, o combate às alterações climáticas...
Não quer dizer que os evangélicos se tenham afastado dos ideais conservadores defendidos pelos seus principais porta-vozes de outrora -- os famosos reverendos Jerry Falwell ou Pat Robertson, por exemplo. Só que em temas como o aborto, o casamento gay ou a investigação científica com células estaminais (que estiveram abertamente em jogo na campanha eleitoral de 2004), parece existir uma maior tolerância da comunidade evangélica (considerada moderada) à ideia da separação da igreja e do estado.
Depois há o fenómeno da oposição à guerra do Iraque, que já ultrapassou as tradicionais divisões sectárias na sociedade americana.
E ainda os resultados que Barack Obama obteve em estados tradicionalmente conservadores nas eleições primárias — e a vantagem de que continua a gozar nas sondagens desses lugares, alguns dos quais na lista dos "swing states" que decidem o desfecho das presidenciais.
Há especialistas que acreditam que a campanha de Obama pode reverter a histórica ligação dos evangélicos ao Partido Republicano. Como disse ao "The New York Times" um consultor que trabalha com organizações religiosas conservadoras, o senador do Illinois pode mesmo sonhar em conquistar "até 40 por cento" do voto evangélico, o que seguramente representaria uma revolução dos padrões eleitorais norte-americanos.
A candidatura está atenta a todos estes sinais, e a actuar. Barack Obama anuncia hoje um plano de expansão das chamadas "Faith-Based Initiatives" tão queridas à Administração Bush. E segundo os seus assessores, o candidato democrata tem preparado um novo e ambicioso discurso sobre religião. Tudo a seguir atentamente.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

As armas e a campanha

Sobre a decisão do Supremo Tribunal dos Estados Unidos sobre o direito fundamental dos indivíduos a possuir e usar armas de fogo --

* e a campanha de John McCain -

"Are guns the keys to the kingdom for McCain? Judging by the rapidity of the RNC's reaction to DC v. Heller, the craftmanship of McCain's statement and the sudden appearance of McCain surrogates on the cable networks, the answer is: he thinks [so].", Marc Ambinder

* e a ambiguidade de Barack Obama -

"Some disappointing legal positioning from the Obama campaign in the past few days, as Obama put out a statement disagreeing with a 5-4 decision on the Supreme Court's decision to bar the execution of child rapists (if Obama's position were adopted, it would be the first time since the 60s that criminals have been put to death for crimes that don't include murder) and his campaign flipped its position on the constitutionality of the DC handgun ban (were they once said Obama believed the ban unconstitutional, now they say he has no position on it).
As it happens, I actually don't have a position on the constitutionality of the DC gun ban, don't much care about Obamas position on it. He's going to get hit for opportunism, but this is more the campaign being inartful than illiberal. At the same time, thought it's not hard to see why Obama would want to take a maximally punitive stance against child rapists, he's placing himself on the right of Breyer, Stevens, Ginsberg, Souter, and Kennedy and fighting their attempts to rollback capital punishment.", Ezra Klein


p.s. - Já agora, aqui fica a Factbox sobre as posições dos dois candidatos relativamente à posse de armas

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Porque corre Ralph Nader

O candidato explica porquê, no Washington Post.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Website

A campanha de Barack Obama tem um novo website destinado a desmentir os boatos, corrigir a desinformação e reafirmar as credenciais do senador do Illinois enquanto patriota fervoroso e cristão comprometido. Ah, e também defende a mulher do candidato, Michelle Obama, o que convenhamos só fica bem.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Isto é tudo muito complicado...

... mas também fascinante. Da forma como os dois partidos se organizarem antes de Novembro para transmitir cirurgicamente a sua mensagem junto dos grupos que mais lhes interessam poderá depender o seu sucesso eleitoral. Até agora, a vantagem pertenceu à máquina republicana, mas como reporta o Politico, o Comité Nacional Democrata também já tem a sua própria tecnologia para cruzar os dados das sondagens eleitorais com os censos da população e os inquéritos ao consumo. O microtargeting é o futuro.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

John McCain é velho?

Numa eleição em que todos querem discutir os temas politicamente sensíveis da raça, género, religião e riqueza, parece não haver interesse em abordar a questão da idade. O presidente do Comité Nacional Democrata, Howard Dean, confirmou que, independentemente de quem vier a ser o nomeado do seu partido, ninguém espere que este ataque o seu opositor republicano, John McCain, com o argumento que este é velho. "A nossa barra ética está bem acima disso", garantiu.
Não quer dizer que o assunto não seja uma preocupação dos eleitores, como parecem indicar várias sondagens: aparentemente, a maioria dos americanos acham que a idade ideal para um Presidente ronda os 50 anos. Hillary Clinton tem 60 e Barack Obama tem 46. John McCain tem 71 (e um em cada quatro eleitores diz-se menos entusiasmado com o senador do Arizona por causa da sua idade).