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terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Georgia

As aspirações dos democratas conquistarem uma maioria à prova de filibuster no Senado dos Estados Unidos dependem do resultado da repetição da votação no estado da Georgia, onde nenhum dos candidatos alcançou 50 por cento dos votos na eleição de 4 de Novembro.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Resumo

Da novela Sarah Palin (na campanha republicana).

Cama feita indica sentido de voto

A Slate publica as conclusões de um estudo de um professor de Psicologia da Universidade do Texas, Sam Gosling, que se interessou pelas vidas "secretas" dos conservadores e liberais. O ponto de partida da sua investigação: será que há traços de personalidade que definem o alinhamento ideológico político individual? E se sim, será que se podem encontrar provas materiais desses comportamentos? Os estudantes residentes nos dormitórios universitários foram as cobaias de Gosling, que constatou várias coisas interessantes:

- os alunos que se definiam como conservadores tinham muitos mais calendários e selos do correio; mais bandeiras e posters desportivos e eram muito asseados (nos quartos tinham cestos de roupa suja, tábuas de passar a ferro, materiais de limpeza e até estojos de costura);
- os alunos que se classificavam liberais exibiam uma maior variedade de livros, em particular literatura de viagem, sobre o feminismo e música; tinham mais CDs e de uma maior variedade de géneros musicais; vários objectos artísticos e lembranças "culturais" e mapas de outros países.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Mais horas para votar na Florida

O governador da Florida, Charlie Crist, decidiu alargar o horário dos lugares onde decorre o voto antecipado, uma medida que os democratas vinham reclamando e que os republicanos interpretaram como o golpe de misericórdia para as aspirações de John McCain poder vencer aquele estado.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Motim

Mark McKinnon, o antigo director de comunicações da campanha de John McCain, que abandonou o cargo por não querer atacar o candidato democrata Barack Obama, comenta o alegado estado de "motim" que se instalou entre os operacionais republicanos.


p.s. Extenso artigo do The New York Times sobre as diferentes narrativas da campanha de McCain.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

O estado da corrida

E o estado do país -- uma interessantíssima reflexão de Peggy Noonan, a antiga speechwriter de Ronald Reagan e uma das mais conceituadas analistas políticas conservadoras.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Congresso chumba plano de resgate económico

O Dow Jones caiu mais de 700 pontos. As bancadas republicana e democrata da Câmara de Representantes do Congresso apontam o dedo e trocam acusações. Os dois candidatos presidenciais prometeram declarações para breve.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Top ten

Os automóveis servem para muitos americanos como o meio de difusão das suas posições e ideias políticas. Aqui fica a lista dos autocolantes mais populares entre os conservadores:

1) "If you can read this, thank a teacher. If you can read this in English, thank a soldier."

2) "Keep working. Millions on welfare depend on you."

3) "Right wing whacko, clinging to guns and religion."

4) "I work therefore I am conservative."

5) "Gun control is hitting your target repeatedly."

6) "First liberate Iraq, Then take back Hollywood."

7) "Bigot: a conservative winning an argument with a liberal."

8) "When guns are outlawed, I'll be an outlaw."

9) "Guns don't kill people, Abortion clinics kill people."

10) "Land of the free because of the brave."

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Mudança vs Reforma

É nestes termos que os estrategas republicanos pretendem enquadrar o debate na campanha eleitoral que se aproxima. A luta não será sobre quem tem mais experiência; será, antes, sobre qual dos dois candidatos está em melhores condições de criar um novo ambiente em Washington. O primeiro debate televisivo será fundamental: Obama terá de explicar de que forma ele quer promover a mudança e McCain terá de provar até que ponto ele é diferente de Bush.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Dayton, Ohio

A campanha de John McCain não podia ter jogado melhor o anúncio da sua escolha para a vice-presidência. Na semana em que o palco mediático cabia por inteiro aos democratas, alimentou as especulações sobre as possíveis opções, entretendo a imprensa e testando os prós e contras de cada um. No final, garantiu ainda maior cobertura e frenesim com uma coelho tirado da cartola que apanhou toda a gente de surpresa. Os directos das televisões são feitos a partir de Dayton, Ohio, e não de Denver. No rescaldo da festa democrata, até agora nem uma única reportagem sobre a investidura de Barack Obama.

Sarah Palin?

A governadora republicana do Alaska poderá ser a escolhida de John McCain para a vice-presidência. A confirmar-se a informação, surpresa total.


p.s. - Sete websites para saber mais sobre a nova estrela do firmamento republicano.

terça-feira, 22 de julho de 2008

O candidato

Cumprindo uma rotina tipicamente washingtoniana, fui ontem até ao Mall para a sessão semanal do Screen on the Green, ignorando os 35 graus de temperatura e os impiedosos esquadrões de mosquitos que sempre atacam ao lusco-fusco. Tinha cobertor para o relvado, merenda de sobra para todos os amigos, repelente para os bichos (não adiantou nada) e, principalmente, grande expectativa quanto à reacção popular ao cartaz da noite -- "The Candidate", um filme de 1972 sobre a campanha eleitoral de um concorrente ao Senado pelo estado da Califórnia. Tirando as picadas, o programa foi um sucesso.
Robert Redford, ainda na sua época de galã, interpreta Bill McKay, um advogado de causas liberais, cujo sucesso e juventude não passa desapercebido aos operacionais do Partido Democrata, desesperados por um novo rosto que os relance na cena política californiana. McKay aceita entrar nessa arena mediante as suas próprias regras: dizer o que quiser, dirigir a sua campanha. O partido aceita, até porque a corrida está perdida. As coisas mudam, porém, depois da vitória das primárias. A máquina apura-se e a "novidade" e "idealismo" do candidato são, primeiro para evitar uma humilhação eleitoral, depois para vencer o opositor republicano, um político veterano e habituado aos meandros de Washington, Crocker Jarmon.
Só um eremita não via neste enredo uma óbvia relação com a actual disputa Obama/McCain e a verdade é que em vários momentos era difícil distinguir a ficção e a realidade. Depois de meio ano de campanha, estamos todos "hipnotizados" pelas eleições, e eu e os meus três amigos repórteres imediatamente trocamos olhares quando no filme o candidato republicano se referiu à sua plateia chamando-os "my friends" ou elogiou os "grandes generais americanos", tal como John McCain; quando o democrata falou na necessidade de incluir a raça e a pobreza na discussão eleitoral, num momento verdadeiramente "obâmico", ou ainda quando os operacionais das duas campanhas se degladiavam para distribuir propaganda e aliciar eleitores -- "Quem é que não vai fazer reportagem sobre os voluntários em Novembro?", perguntamo-nos com cinismo.
O mais curioso, porém, foi perceber como o discurso político se depurou de tal maneira, que é capaz de se repetir num perpétuo contínuo -- redondo e cifrado, sem dúvida, mas sem perder actualidade nem sentido através das décadas. O apelo e atracção do discurso e da personalidade de McKay nos longínquos anos 70 não é diferente daquela que hoje exacerba Barack Obama e projecta o seu estatuto de fenómeno político. As palmas e vivas dos espectadores deitados na relva às inúmeras referências da agenda liberal americana seguramente não eram de deslumbramento pela qualidade do diálogo ou desempenho dramático do elenco -- mas uma confirmação da validade teórica e política dessas mesmas propostas, hoje repetidas por um novo actor e num novo contexto.
O belíssimo texto do filme foi escrito por Jeremy Larner, que trabalhou como speechwriter do senador Eugene McCarthy durante a sua campanha pela nomeação democrata em 1968. O argumento captura todas as vicissitudes e estados de alma de uma campanha, e de forma particularmente brilhante, na última deixa: "What do we do now?", pergunta Bill McKay, num relâmpago de lucidez, antes de se perder na multidão e fechar definitivamente a porta de um quarto de hotel vazio de vida.


p.s. Há noites em que Washington parece mesmo um lugar à parte no mundo. Não sei de nenhum outro onde milhares de pessoas enchessem por completo um parque longe de tudo para assistir a um filme com mais de 30 anos sobre uma eleição.

terça-feira, 8 de julho de 2008

Problema para McCain

Imigração, aquecimento global, investigação com células estaminais e financiamento partidário -- eis alguns dos "problemas" que grupos conservadores têm com a inevitável revisão da plataforma republicana pela candidatura de John McCain (de acordo com uma notícia do Washington Post).
Um aperitivo:
"The current GOP platform is a 100-page document, and all but nine pages mention Bush's name. Virtually the entire platform will have to be rewritten to lessen the imprint of the president, who has the highest disapproval rating of any White House occupant since Richard M. Nixon. It is the prospect of a total rewrite that worries some."

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Ano democrata?

De acordo com uma sondagem de hoje da Quinnipiac University, quer Hillary Clinton quer Barack Obama estão em posição de bater o republicano John McCain nas presidenciais de Novembro. A senadora, auxiliada pelo voto das mulheres e (imagine-se) dos afro-americanos, tem uma vantagem de cinco pontos (46 por cento contra 41 por cento); Obama, com o apoio dos independentes e (também) dos negros, mais confortavelmente à frente, com 48 por cento das intenções de voto contra 37 por cento.
Há outros sinais que antecipam um ano democrata. Em todas as eleições intercalares e extraordinárias realizadas para o Congresso, os assentos em jogo, ocupados por republicanos, mudaram para os democratas. Voltou a acontecer ontem no Mississippi, um estado fortemente conservador e cuja tradição de voto é consistentemente republicana. Depois de uma campanha renhida e muito polémica, o democrata Travis Childers conquistou o 1º Distrito Congressional do Mississippi ao republicano Greg Davis, com uma folgada margem de oito por cento -- que não foi exactamente uma surpresa.
Com um presidente que já foi classificado como o pior da história dos Estados Unidos, uma guerra prolongada e profundamente impopular e com 82 por cento da opinião pública a considerar que o país está no rumo errado, o desafio para os republicanos nas eleições de Novembro é tremendo. O que não quer dizer que os democratas tenham o caminho aberto até à Casa Branca.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Republicanos preferem Obama

Os republicanos estão a assistir de camarote ao combate entre Hillary Clinton e Barack Obama, e agora que os dois tiraram as luvas estão meio perdidos sem ter muito bem a certeza em qual dos dois apostar. No início da campanha, prevalecia a ideia que seria mais fácil a um candidato republicano bater a senadora de Nova Iorque, só pela hostilidade natural que o eleitorado conservador sente pela candidata. Mas depois destas últimas três semanas especialmente tensas, começa a vigorar a opinião que, afinal, Obama ainda pode ser mais fácil de bater: basta explorar à exaustão as dúvidas que a campanha Clinton tem levantado sobre o carácter e o discernimento do (nunca testado) senador do Illinois, e fazer o contraponto com John McCain, explicava esta manhã Luke Bernstein, director executivo do Partido Republicano da Pensilvânia.
"Estamos numa óptima posição, qualquer que seja o candidato democrata. Nós devíamos estar a trabalhar para o ataque, mas eles estão a fazer o trabalho todo por nós. Nesta última semana, temos material para nem sei quantos anúncios: o governador Ed Rendell a dizer que Obama é como uma 'cheerleader', o senador Bob Casey a dizer que Hillary é incapaz de unir os americanos...", enumerava, num encontro com jornalistas estrangeiros em Harrisburg, a capital do estado da Pensilvânia (e como muitas das capitais estaduais americanas, uma cidade administrativa e sem aparentes motivos de interesse).
Os últimos dados das sondagens nacionais vão nesse sentido -- McCain está, neste momento, mais forte do que qualquer um dos democratas, e com um intervalo maior sobre Obama (48 contra 43, segundo a Rasmussen) do que sobre Clinton (46 contra 45, segundo a Gallup).


p.s. Não resisto a contar um surpreendente àparte: enquanto procurava explicar um ponto à imprensa internacional, Luke Bernstein começou a usar uma analogia com um jovem que aprende a conduzir e de início se atrapalha nos estacionamentos. "Vocês percebem o que eu quero dizer, não? Vocês lá na Europa... guiam... carros?"

sexta-feira, 14 de março de 2008

Apoiantes de Obama podem votar... McCain

Um amigo recentemente regressado dos Estados Unidos contou-me um longo almoço que teve com dois jovens apoiantes - ferverosos apoiantes - de Obama. Pontos principais a reter: para esses eleitores o principal motivo porque defendiam Obama é por este transmitir a imagem de que pode acabar com o ambiente de guerra fratícida que se vive em Washington e que tem envenenado a política americana. Mais do que o seu discurso de "esperança", a sua esperança é que o senador do Illinois, se eleito, acabasse com o clima irrespirável que se vive no Capitólio. Em nome disso até abdicavam de discutir em detalhe as suas propostas políticas.
"E se Obama não for candidato, votam em Hillary?", perguntou-lhes esse meu amigo. "Não", responderam ambos. Porquê? Porque os Clinton são vistos como estando entre os principais responsáveis pela guerra sem quartel entre democratas e republicanos. E se ela tendia para a abstenção, ele já tinha optado: "Se Obama não for o candidato democrata, voto McCain".
Devo dizer que esta conversa não me surpreendeu. Um casal americano que muito aprecio, velhor liberais da Costa Leste, haviam-me dito, no Verão passado e quando ainda pouco se falava de Obama, que se Hillary fosse a candidata dos democratas e McCain o dos republicanos, também votariam neste último e exactamente pela mesma razão. Na altura julguei que o argumento era tão sofisticado politicamente, resultava de uma análise tão fria, que não deveria haver muitos americanos a partilhá-lo. Agora vejo que não. Ou, para ser mais exacto: agora vejo confirmada uma das explicações que tenho vindo a procurar para as sondagens que dão Hillary a perder para McCain, mas este a perder para Obama.
Mais: um outro amigo que regressou recentemente de uma viagem de estudo aos Estados Unidos em que ficou vários dias a viver em casas de cidadãos comuns tem insistido comigo que nunca vira tanta gente odiar tanto um político como algumas das famílias com quem esteve odiavam Hillary. Ele veio mesmo convencido que muitos republicanos que torcem o nariz a McCain e podiam ficar em casa na eleição de Novembro nunca deixarão de votar se isso for necessário para impedir que a senhora Clinton chegue à Casa Branca.
Não surpreende pois que haja republicanos a votar por Hillary nas primárias democratas: tê-la como adversária dá-lhes a esperança de que podem conservar a Casa Branca...

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Os conservadores

A reunião de hoje da Conservative Political Action Conference foi surpreendente.
Primeiro, Mitt Romney, ovacionado à entrada, desistiu da sua candidatura presidencial, para o espanto, suspiro e desânimo geral da sala.
Depois, John McCain, agora o inevitável futuro nomeado, foi vaiado enquanto estendia o ramo de oliveira à plateia conservadora.
É difícil perceber o que se passa na cabeça dos republicanos nestes últimos dias. Tradicionalmente, este é o partido mais disciplinado da política americana, mas as tácticas eleitorais que fizeram George W. Bush chegar à presidência, e os oito anos seguintes da sua Administração, resultaram na actual fractura, divisão e contradição entre os republicanos.
Era assim que Allan Lichtman, um professor de História da American University e autor do livro "White Protestant Nation: The Rise of the American Conservative Movement" explicava ontem a reacção do partido perante o choque do "conservadorismo" de George W. Bush e a interpretação "reaganista" dos valores do partido, que vigorava desde a década de 80: "Os conservadores sempre defenderam a acção limitada do governo, a responsabilidade fiscal e os direitos dos estados. E George W. Bush montou o maior, mais gastador e mais intrusivo governo federal da história dos Estados Unidos. Os conservadores também sempre se oposeram à ideia da "engenharia social" por parte dos governos. Mas apoiaram o presidente no projecto de engenharia social mais caro e ambicioso de sempre: pacificar, reconstruir e democratizar o Iraque".
Esta campanha eleitoral é, portanto, o momento da reconstituição (reconstrução, redefinição, como preferirem) do partido -- um momento difícil, porque nenhum dos candidatos à nomeação é uma figura em que as diferentes facções se conseguem reconhecer. O "rebelde" John McCain é, para citar um amigo meu, um republicano heterodoxo. O alinhado Mitt Romney é, num abuso da expressão, um "born-again conservative". Mike Huckabee é um orador humorado e pitoresco mas no limite quase um fanático religioso e Ron Paul, o único outro candidato que ainda não abandonou a corrida, é na realidade um libertário.
No fim, o típico pragmatismo republicano deve ser suficiente para que o partido se junte em torno de John McCain. Mas essa será necessariamente uma unidade aparente, como fica claro nas opiniões dos pundits e outros apresentadores de talk-shows radiofónicos ou televisivos e que servem como porta-vozes do partido. Alguns, como Ann Coulter e Rush Limbaugh , estão mesmo a dizer o impensável: que será melhor que Hillary Clinton ou Barack Obama vençam as eleições, para que os republicanos tenham obrigatoriamente que produzir um candidato em que todos acreditem.

ps - e já agora, o discurso de Romney na CPAC foi visto como o prefácio da sua candidatura à presidência em 2012.