Tem mais de 200 mil nomes a lista de financiadores da fundação do antigo Presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, publicamente divulgada no âmbito de um acordo de transparência destinado a facilitar a confirmação da nomeação da sua mulher, Hillary, para o posto de secretária de Estado da futura Administração Obama.
sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
A lista de Clinton
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Rita Siza
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quinta-feira, 17 de julho de 2008
45 milhões
O antigo governador do Massachusetts, Mitt Romney, vai reclassificar como "donativos" os 45 milhões de dólares que emprestou da sua fortuna pessoal à sua candidatura falhada para a nomeação republicana. Aparentemente, a medida destina-se a aumentar as suas hipóteses de vir a ser escolhido para a vice-presidência.
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Rita Siza
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52 milhões
Junho foi o segundo melhor mês de sempre para as finanças da campanha do democrata Barack Obama: o senador do Illinois arrecadou 52 milhões de dólares, com uma média de 68 dólares por contribuição. Aqui, a Newsweek explica o significado dos números de Obama. Aqui, o Washington Post põe os resultados em contexto.
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Rita Siza
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quinta-feira, 3 de julho de 2008
As contas de Karl Rove
No "The Wall Street Journal" de hoje. Argumenta o conselheiro de George W. Bush que, ao contrário do que tem sido escrito e reescrito nesta campanha, a candidatura de John McCain nada tem a temer com a capacidade de financiamento do seu opositor democrata Barack Obama.
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Rita Siza
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quarta-feira, 25 de junho de 2008
DC em Hollywood
Ainda não tínhamos tido oportunidade para lincar a "Variety", até que Barack Obama foi ao Dorothy Chandler Pavilion de Los Angeles arrecadar mais cinco milhões de dólares para a sua campanha.
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Rita Siza
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A dívida *
Hoje pela manhã, na caixa do correio:
"Dear Xxxx,
I made a promise to you, and I intend to keep it.
I told you that if you stood up for me, I would always stand up for you. You did more for me than I could have ever imagined, and I'm going to keep my end of the bargain and keep fighting for what we believe in -- in the Senate and on the campaign trail, helping to elect a new Democratic president and a bigger Democratic majority in Congress.
That relationship will endure thanks to the remarkable journey you and I have shared. But there's something else -- less endearing and I hope less enduring -- that our campaign has left behind: our substantial campaign debt.
I'm so grateful for all you've done for me -- all the ways you have given your time, energy, and financial resources. But today I am asking once again for your help ridding our campaign of debt so we can keep fighting together.
Contribute today to help us reduce our campaign debt.
As you know, I had to loan money to my campaign at critical moments. I'm not asking for anyone's help to pay that back. That was my investment and my commitment because I believe so deeply in our cause.
But I do need your help paying the debts we accrued to others over the course of this campaign. We put everything we had into winning this race, and we came just about as close as you can.
I will never regret the energy, effort, and passion we put into one of the closest and most expensive primary contests in history. But I need your help to move on to the next phase of our journey together.
Your contribution today will help us pay down our campaign debt.
You've done so much for me over the past 17 months, and I can never thank you enough. But I hope you know how much I appreciate everything you put into our campaign.
Sincerely,
Hillary Rodham Clinton
P.S. Everywhere I go, people tell me what a big difference our campaign has made in their lives. Let's keep working together throughout 2008 and beyond to advance the causes we believe in and to advocate alongside people whose voices need to be heard."
* A campanha de Hillary Clinton terminou com uma dívida de 22 milhões de dólares, que Barack Obama poderá ajudar a pagar.
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Rita Siza
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quinta-feira, 19 de junho de 2008
Obama rejeita financiamento público
Previsivelmente, o candidato democrata à Casa Branca, Barack Obama, decidiu abdicar do financiamento público da campanha eleitoral. Durante a época das primárias, a máquina angariadora do senador do Illinois foi a maior surpresa e (porventura) a principal responsável pelo sucesso da sua candidatura: no fulcral mês de Fevereiro, Obama conseguiu arrecador mais de um milhões de dólares em contribuições por dia.
A decisão teve imediatas repercussões políticas, uma vez que o senador do Illinois tinha anteriormente manifestado a sua intenção de respeitar as regras . Segundo esse sistema, Obama teria direito a usar 85 milhões de dólares na sua campanha. Mas pelas contas da candidatura, se os doadores que já constam na sua base de dados voltarem a contribuir, o senador pode contar com mais de 300 milhões de dólares -- uma vantagem impressionante sobre o seu avdersário republicano John McCain, cuja capacidade de atracção de financiamento está francamente abaixo das expectativas.
p.s. - Entretanto, e com um dia de atraso, aqui fica a estratégia da campanha Obama para cativar o eleitorado feminino -- não houve quem não gostasse de ver Michelle no "The View"...
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Rita Siza
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quarta-feira, 21 de maio de 2008
Os intangíveis da elegibilidade
A mensagem de hoje de Hillary Clinton para os superdelegados democratas continuou a assentar nos intangíveis da elegibilidade. "Os riscos são muito altos: temos de acertar e seleccionar o nomeado mais bem posicionado para vencer em Novembro e mais bem preparado para responder aos desafios do país", declarou. "É uma escolha difícil que o partido vai ter de fazer", prosseguiu, colocando a decisão nos seguintes termos: "Quem está pronto para encabeçar o ticket democrata?"; "Quem é capaz de ganhar a McCain nos swing-states?"; "Quem é o melhor comandante em chefe e presidente logo a partir do primeiro dia?".
Descontando a aritmética dos delegados (até porque aí a corrida está prestes a terminar), outros tangíveis da elegibilidade foram conhecidos esta noite -- os números de Abril das finanças das campanhas. Barack Obama conseguiu arrecadar 31 milhões de dólares, com mais de 200 mil novos financiadores a contribuírem com uma média de 25 dólares. Hillary Clinton alcançou 22 milhões de dólares, acaba de dizer o seu director de campanha. (E já agora, de acordo com os documentos entregues na Federal Electoral Commission, o republicano John McCain conseguiu 18 milhões de dólares).
Act.: E a propósito da máquina de fazer dinheiro da campanha Obama, ver este interessante artigo da revista Atlantic.
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Rita Siza
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quarta-feira, 7 de maio de 2008
Atenção nos próximos dias
- Ao número de superdelegados que decidirem manifestar o seu apoio. Neste momento, restam 277 superdelegados não-declarados, que certamente conhecerão uma renovada pressão da campanha de Barack Obama para avançarem a sua solidariedade -- até como medida preventiva de contenção da esperada vitória de Hillary Clinton na primária da Virgínia Ocidental, na próxima terça-feira;
- À capacidade de financiamento de Hillary Clinton. A campanha da senadora de Nova Iorque está virtualmente no vermelho: segundo a Federal Electoral Commission, no início de Abril Clinton dispunha de 9,3 milhões de dólares para gastar nas primárias (e dívidas acumuladas no valor de 10,3 milhões de dólares). Para fazer face às despesas, a família Clinton emprestou mais 6,4 milhões de dólares à candidatura (no início do ano, já tinha investido 5 milhões da sua fortuna pessoal). A candidata tem dinheiro para se manter na corrida até ao final, mas não para competir seriamente -- em Abril, Obama tinha 42 milhões de dólares no cofre. Se os apoiantes de Clinton não corresponderem ao seu novo apelo por dinheiro, a sua candidatura poderá acabar antes de Junho.
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Rita Siza
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quinta-feira, 10 de abril de 2008
Um milhão de dólares num minuto
10.000 pessoas x 100 dólares=1.000.000 dólares num minuto, propõe um grupo de apoiantes da candidatura do democrata Barack Obama, que abriu as inscrições online para angariar aquele valor entre a uma da tarde e a uma e um minuto no dia 21 de Abril, véspera das primárias da Pensilvânia.
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Rita Siza
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terça-feira, 26 de fevereiro de 2008
Na primária do dinheiro, os democratas estão muito à frente
No sistema político americano, a capacidade de angariação de financiamentos tem um papel crucial na viabilidade de um movimento político. Não ganha sempre quem tem mais dinheiro, mas é importante estar bem financiado.
No sistema político americano, as regras de doações são muito claras (embora possam ser contornadas), e as informações sobre quem dá dinheiro a quem são públicas.
É possível saber as doações de indivíduos, regiões, empresas, etc., através de sites como o Fundrace; e sites como o inestimável OpenSecrets publicam regularmente dados agregados.
Os dados que se seguem são todos do Open Secrets (que, por sua vez, os obtém da Comissão Federal de Eleições).
Primeiro dado: os democratas estão a angariar mais dinheiro. No dinheiro doado aos comités dos partidos (isto é, não a um candidato específico), os democratas receberam 257 milhões de dólares contra 244 milhões para os republicanos.
Nas doações a candidatos, a vantagem democrata é maior: 375 milhões de dólares para candidatos democratas, um pouco acima de 300 milhões para os republicanos.
Os números revelam ainda que os candidatos mais bem financiados são dois democratas: Barack Obama é o "campeão", angariou até agora (os dados são relativos a reportes feitos a 20 de Fevereiro) 138 milhões de dólares; Hillary Clinton vem logo atrás, com 134 milhões.
Do lado republicano, Mitt Romney é de longe o mais "endinheirado" - a sua campanha tinha 105 milhões de dólares (mesmo assim bastante longe de Clinton e Obama); é preciso notar que Romney investiu grande parte deste momento do seu próprio bolso.
John McCain fica-se por 53 milhões de dólares; entre os principais candidatos, Mike Huckabee é o mais "pobrezinho" - 12 milhões de dólares.
As diferenças entre democratas e republicanos podem não parecer muito substanciais (é possível que sejam maiores - os números do OpenSecrets não incluem as 527, organizações "independentes" que financiam propaganda de forma autónoma e que, em 2004, apoiaram mais o lado democrata). Mas é uma inversão total da lógica da angariação de fundos; tradicionalmente, os republicanos "esmagavam" a oposição em termos de dinheiro.
Os republicanos costumam angariar mais fundos porque são o partido com laços mais próximos aos meios empresariais; os democratas recebem mais dinheiro de profissões liberais (especialmente advogados) e de sindicatos. Como os primeiros têm mais dinheiro que os segundos, normalmente eram os republicanos quem apresentava contas mais robustas.
Porque é que não está a ser assim este ano? Por um lado, os republicanos não podem contar com a "máquina Bush" - uma eficaz rede de contactos a nível nacional construída pelo actual Presidente, que nos últimos quatro ciclos eleitorais (2000, 2002, 2004 e 2006) bateu recordes no financiamento das campanhas do próprio Bush e de outros republicanos.
Por outro lado, é razoável especular que os eleitores democratas estarão mais motivados que os republicanos pela perspectiva do fim da era Bush.
A actual situação tem uma implicação adicional interessante. Normalmente eram os candidatos democratas que mais exigiam alterações ao sistema de financiamento político, queixando-se do excesso de dinheiro nas campanhas americanas; será que este ano, em que o seu candidato à presidência estará mais bem financiado, também o irão fazer?
Ainda para mais, o favorito à nomeação republicana é John McCain; uma das bandeiras políticas do senador do Arizona é precisamente a reforma do financiamento das campanhas eleitorais. McCain foi o co-autor (com o democrata Russ Feingold) das leis McCain/Feingold.
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Pedro Ribeiro
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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008
Hillary explica
Num email intitulado "O que é preciso para vencer no Texas e no Ohio", Hillary Clinton explica aos seus apoiantes que a derrota no Wisconsin se ficou a dever à falta de dinheiro:
"Dear Xxxx,
Here's what you need to know this morning. We were outspent in Wisconsin by a 4 to 1 margin on ads -- and we can't let that happen on March 4.
If we want to win in Texas, Ohio, Rhode Island, and Vermont, we've got to even the odds. We can't let the Obama campaign overwhelm us financially. Today, I am calling on you and other online supporters to act together, making sure we have the resources to create a fair, level playing field on March 4.
In the last few weeks, thousands upon thousands of people have contributed to my campaign. With so many people acting together, any donation you make today -- even as little as $5 -- makes a difference.
Contribute $5 now to help us level the playing field.
Let this remarkable two-person contest for the Democratic nomination be determined by the strength of our ideas, the quality of our leadership, or the depth of our experience. But whatever you do, don't let the outcome of these crucial March 4 contests be decided by a lopsided spending advantage for the Obama campaign.
Only you -- our incredible online community -- can act quickly and decisively enough to create a level playing field. And with everything on the line, that's exactly what I'm asking you to do.
We're putting everything on the line. Contribute $5 now.
There are just two weeks left before voters go to the polls in one of the most crucial days of voting yet. We must make sure we can hold our own against an avalanche of Obama TV ads, direct mail, phone calls, and online advertising.
I have total confidence that, as long as we have the resources to compete, March 4 will be a day of dramatic victories for our campaign. Let's make it happen.
Thanks,
Hillary Rodham Clinton
P.S. I am counting on your leadership and financial support. Please do all you can -- and act as quickly as possible."
Precisando desesperadamente de ganhar as próximas primárias, percebe-se que a campanha esteja a dramatizar os apelos para os seus contribuintes.
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Rita Siza
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terça-feira, 19 de fevereiro de 2008
Campanha de Giuliani preocupada com buraco financeiro
"Estamos num buraco [financeiro] bem maior do que imaginávamos", desabafou ao jornal The New York Times John Gross, o director contabilístico da campanha presidencial de Rudy Giuliani. A equipa do ex-mayor de Nova Iorque está a ultimar o obrigatório relatório para a Federal Electoral Commission, e já fez saber que terá de recorrer ao crédito bancário para honrar alguns pagamentos aos credores. No final de Janeiro, que foi quando Giuliani pôs fim à sua candidatura, a sua campanha dispunha de nove milhões de dólares no cofre (alguns dos quais reservados para a futura campanha de Novembro que nunca chegará a acontecer), mas já acusava dois milhões de dólares em dívidas.
A existência de défices contabilísticos nas campanhas eleitorais é quase uma banalidade, e a notícia das dívidas de Giuliani nem sequer teria "picante" não fossem alguns dos detalhes das suas despesas pessoais. Como os outros candidatos, o antigo mayor viajava ou de jacto privado (mais de 565 mil dólares) ou em voos charter especificamente fretados para a sua campanha (800 mil dólares).
Mas ao contrário dos seus adversários, Giuliani tinha uma predilecção muito particular em termos de alojamento: só pernoitava em estabelecimentos de luxo. A lista é extensa -- e aqui ficam apenas alguns exemplos: o Greenbrier Hotel de White Sulphur Springs, na Virginia Ocidental (2000 dólares por noite); o La Costa Resort and Spa de Carlsbad, Califórnia (4000 dólares por noite); o famoso Fairmont Hotel de San Francisco (5400 dólares por noite) e o magnífico Wentworth by the Sea Resort de Portsmouth, no New Hampshire (vejam as vistas e digam se não foi dinheiro bem gasto!)
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Rita Siza
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sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008
Hillary insiste
Logo no dia seguinte ao super-empate da Super Tuesday, Hillary Clinton escreveu aos apoiantes apelando à sua generosidade. Com um calendário adverso, as batalhas futuras iam ser difíceis e exigir muito dinheiro, avisou a candidata -- e por isso, a campanha precisava de recolher fundos: três milhões de dólares em três dias era a ambição. Um dia antes de terminar o prazo, a candidatura anunciava já ter duplicado o objectivo, tendo recebido mais de 75 mil donativos. E sem esclarecer qual era a nova meta a atingir, fez seguir outro email:
"Dear Xxx,
I wish I could find the words to express how grateful I am for the support you have given me. I'm sure you know by now that your support could not have come at a better moment -- I needed your help, and you responded with more enthusiasm and generosity than I could possibly have imagined.
Over the past 48 hours, you exceeded every goal we set. Since the polls closed on Super Tuesday, more than 75,000 of you have contributed to our campaign.
I am genuinely touched by your dedication not just to me and my campaign, but to real change for our country. Something amazing is happening here, and I hope you're as proud to be a part of it as I am.
We still have a long road ahead of us, but I know that with your help, we can win.
Will you contribute now and help me make history?
Let me tell you a little bit about the challenges we still face. Starting tomorrow, we have 10 more races in the month of February. Many of these contests play to my opponent's strong suits -- including his virtually unlimited funds.
I am relying on you to overcome that gap, and you have made it very clear over the past two days that you are up to that challenge. Thanks to your support, we are going to change our country.
We'll end the war in Iraq. We'll stop global warming. We'll create jobs and put our economy back to work for the middle class. And we're not going to provide health care for some people or most people, but to every single man, woman, and child in America.
Will you contribute today to help me win?
You have been there for me through every twist and turn in this campaign. You've helped pull our campaign through every moment of need -- and you've helped us rise to the occasion at every moment of opportunity. There will be more of both in the days ahead. But I have an unshakeable faith in our ability to lead America in a new direction.
Thank you so much for all you are doing -- your timing could not be better. I promise you that I will never forget, and that I will carry your voice with me to the White House.
Thank you,
Hillary Rodham Clinton"
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Rita Siza
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quarta-feira, 23 de janeiro de 2008
Barack Obama forçado à defesa
Ninguém que segue a carreira política de Barack Obama no estado do Illinois está surpreendido que a sua alegada "ligação" (amizade?) com o mal reputado empreendedor imobiliário Tony Rezko tenha saltado para as manchetes dos jornais nacionais — quando muito, estão admirados que tenha demorado tanto tempo até as candidaturas rivais resolverem ressuscitar esse complicado dossier. Num jantar com jornalistas estrangeiros em Springfield, a capital do Illinois, na véspera do anúncio da candidatura de Obama, Bernard Schoenburg, o editor de política do diário "Lincoln Courier", já antecipava este bruá. "Lá vamos nós voltar a escrever tratados sobre as trapalhadas com Rezko, ou sobre as maluquices do reverendo da Trinity United Church of Christ de Chicago" (alguns comentadores já abordaram esse assunto).
Mas como já estavam fartos de saber do que se tratava, não é de estranhar que tivessem sido os jornais de Chicago os primeiros a receber um "memo" da campanha de Hillary Clinton, alertando-os para o que reclamava ser mais uma discrepância entre o discurso e as acções de Obama, que afinal não teria devolvido todo o dinheiro ligado a Rezko que financia a sua candidatura.
O candidato foi obrigado a começar o dia à defesa. Distanciando-se de Rezko e repetindo que a sua campanha já tinha devolvido cerca de 85 mil dólares (40 mil dólares só no último fim-de-semana), directa ou indirectamente doados pelo empresário. Obama também reconheceu que foi um erro ter comprado uma parte do terreno da sua casa de Chicago à mulher de Rezko, apesar da transacção ter sido completamente legal. Depois repudiou a "jogada" da sua opositora. "Quando conheci Rezko ninguém fazia a mínima ideia que ele viesse a estar envolvido em alguma coisa ilegal [o empresário está prestes a ser julgado pelos crimes de fraude, extorsão e branqueamento de dinheiro]. Não tenho nada a ver com isso, e a senadora sabe muito bem".
Enquanto Obama se perdia em explicações, Hillary coleccionava mais um apoio na Pensilvânia.
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Rita Siza
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