sexta-feira, 28 de novembro de 2008

De partida

O Presidente George W. Bush participou no projecto "National Day of Listening", uma iniciativa da StoryCorps e falou sobre o seu legado e sobre o que sentirá falta quando deixar a Casa Branca (um atalho por aqui).

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

De volta

Depois de uma breve interrupção, o blogue retomará actividade até à tomada de posse de Barack Obama como o 44º Presidente dos Estados Unidos.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Daily Mirone - 8



A religião deve estar separada da política? Não no Harlem, Nova Iorque.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Vida de cão

Trocava notas com outros correspondentes internacionais sobre a cobertura da noite eleitoral em Chicago quando recebi este desabafo da minha amiga Laura, jornalista da BBC, que no rescaldo da votação dedicou todo o seu tempo a investigar um importantíssimo tema para a futura Administração Obama: qual será o cachorro que a "Primeira Família" vai levar para a Casa Branca? A minha homenagem ao seu trabalho, aqui.

Gabinete

O futuro governo dos Estados Unidos numa página.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Nova Administração

Habitualmente, os Presidentes eleitos esperam pelos dias que antecedem a tomada de posse para anunciar as equipas com que vão trabalhar nos quatro anos seguintes. A dramática situação económica americana apressou a constituição da futura Administração de Barack Obama -- que já está a fazer convites para preencher os cargos fundamentais na Casa Branca. O primeiro a aceitar foi o congressista Rahm Emanuel, do Illinois, o "arquitecto" da maioria democrata do Congresso. E outros nomes importantes do estado de Obama poderão viajar em breve para Washington.

Acabou

"Acabou". Na área reservada aos jornalistas do Grant Park de Chicago — o nosso "curralzito", como nos habituamos a chamar a estes lugares durante a campanha — a emoção que dominou com o anúncio da vitória de Barack Obama nas eleições presidenciais de 2008 foi o alívio. Acabaram os nervos dos check-ins à pressa nos aeroportos, a irritação dos voos cancelados, a sonolência das horas de espera, os incómodos da bagagem perdida. Acabaram as visitas aos strip-malls mais próximos de um qualquer hotel desconhecido para comprar mais um carregador de telemóvel, outra bateria. Acabaram as refeições de room-service, as sanduiches comidas à pressa, as barritas de cereais, os pacotes de batatas-fritas.

Acabaram as histórias meias-escritas, "para o caso de ser preciso", as análises com mais perguntas do que respostas, a colecção obsessiva de cartões de visita de pessoas a que se pode recorrer quando o deadline aperta; acabaram as dúvidas sobre se já escrevemos isto desta maneira, se já usamos este arranque, se fomos suficientemente claros, ou então demasiadamente vagos; acabaram as madrugadas passadas em frente ao computador a retocar mais um artigo, a televisão permanentemente ligada.
Acabaram as trocas de notas, e a comparação de notícias; as reportagens partilhadas, os olás nos filing centers, as conferências de imprensa e as outras conferências, nos think-tanks e nas universidades e nas bibliotecas e livrarias onde todos os dias se fala sobre a campanha.
Acabaram as sucessivas recusas dos jantares dos amigos, os postais de parabéns que não se mandaram, os livros que se acumularam para ler; acabou o completo desconhecimento dos filmes que estrearam no cinema.
Acabou. Amanhã acordamos e voltamos a escrever furiosamente tudo o que apontamos nos nossos blocos de espiral.  E a seguir regressamos todos à nossa vida "normal", um lugar onde não há campanha eleitoral e que não frequentamos há tanto tempo.
Milhares de pessoas do outro lado da barreira, à nossa frente, contorcem-se de felicidade, abraçam-se, saltam, gritam, choram. Nós olhamos para eles, e depois para nós próprios, e como eles sorrimos, cumprimentamo-nos, suspiramos. Repetimos "acabou, acabou", felizes por termos tido o privilégio de cobrir uma campanha histórica, gratos pelo nosso trabalho, satisfeitos por termos sobrevivido. E agora?

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

O primeiro dia

Hoje ao pequeno-almoço em Phoenix toda a gente falava da vitória de Obama. Alguns americanos interpelaram-me para saber o que eu, como estrangeira, achava - um interesse que achei curioso. A maioria tinha votado no democrata. Houve quem falasse de "alívio" e quem encarasse a vitória de Obama como uma espécie de primeira prova superada para a mudança. "Estou muito contente por ter um Presidente afro-americano", começou por dizer um empregado do restaurante. "Mas vai ter muito trabalho para nos tirar desta embrulhada", continuou, com um ar algo preocupado. "Espero que se saia bem - e isto não só por desejar, como afro-americano, que ele seja um bom Presidente. Espero pelo bem de todos nós – da América."

Duas notas sobre o discurso de McCain

O elegante, e conciliatório, discurso de derrota de John McCain deverá ser entretanto dissecado. Enquanto isso, chamaram-me a atenção dois pormenores. O senador prometeu à família “uma vida mais calma” (o seu mandato no Senado termina em 2010). E em relação a Sarah Palin, mencionou o seu futuro promissor “no Alasca, no Partido Republicano e no país”.

E agora?

A Slate publica Six ways Obama can show he'll be a different kind of president.

Para quem não conhece...

...esta é Ann Nixon Cooper. A metáfora viva utilizada por Barack Obama no seu discurso de vitória.

Obama nos jornais

The New York Times: OBAMA:Racial Barrier Falls as Voters Embrace Call for Change

The Washington Post: "Obama Sweeps to VictoryIn History-Making Campaign"

BBC News: "Obama wins historic US election"

CNN: "Obama Makes History by Winning Presidency"

Le Monde: "Barack Obama est élu président des Etats-Unis"

El País: "Obama culmina el sueño de cambio"

Obama na blogosfera

No POLITICO:

"History happens: Obama wins"
!n a night America will long remember, Barack Obama becomes the nation's first black president and Democrats also post gains in the House and Senate.

No SALON:

"President Elect Barack Obama"
Talbot: The whole world will be watching the celebration of a new America.
Greenwald: A smashing repudiation of the hideous right-wing faction that has wreaked so much damage on the country

No Huffington Post:

"President - Elect 'Obama: Change has come to America'"
Do senador republicano James Clyburn: We can now tell children you can be anything you want"



Discurso de Obama em directo

Veja, dentro de momentos, em directo, o discurso de Barack Obama, aqui.

Sarah Palin vaiada?

No discurso em que McCain assume a derrota, parecia ouvir-se a plateia a vaiar a candidata à vice-presidência, quando o senador menciona que esta terá um futuro risonho na política.

P.S - Ao ouvir a repetição do discurso, percebe-se que os aplausos e gritos de apoio sobrepõem-se claramente a alguns eventuais apupos vindos da plateia. Problemas das reacções em directo.

Reacções

O Reverendo Jesse Jackson comentou, no Grant Park, a "alegria e êxtase" que se vive em Chicago. Em declarações ao The Washington Post, o Reverendo congratulou-se por "muitos brancos terem posto a razão acima da raça e a esperança acima do medo".

Oprah em Grant Park

Change: Play!

A CNN e a CBS dão Barack Obama como o 44º Presidente dos Estados Unidos da América. E se as previsões se cumprirem, o mundo começa a mudar agora.

Um dia histórico

Neste momento sabemos que Obama vai ganhar as eleições, diz Rui Tavares. Leia aqui a sua crónica sobre o dia da mudança para os Estados Unidos.

O novo presidente?

O Huffington Post, blogue pró-democrata de maior audiência dos EUA apressa-se a anunciar o novo presidente norte-americano:



Liberal?

Com a vitória de Obama garantida e o controlo democrata do Congresso e Senado, estas são as caras que governarão os Estados Unidos, pelo menos, nos próximos 2 anos.


Duas longas horas

Depois de mais de 20 meses de campanha, dentro de apenas 120 minutos, às 05h00, fecham as últimas urnas. O apagar das luzes está nas mãos do Alasca, onde é governadora Sarah Palin, a candidata à vice-presidência do republicano John McCain. No entanto, este estado – solidamente McCain – pouco trará de novo aos resultados, já que só vale três votos.

Full Circle para Obama

A CNN projecta a vitória de Barack Obama no Iowa. Foi aí que tudo começou para o senador de Illinois, há quase um ano.

Democratas em maioria no Senado

Os 51 assentos necessários para conquistar a maioria na câmara alta do Congresso americano já foram ultrapassados pelos democratas, o que significa mais poder legislativo.

Hard Rock Lisboa

Neste ícone americano as eleições para a Casa Branca têm um lugar muito especial. A reportagem de Sofia Cerqueira está aqui.

Os festejos já começaram

No Grant Park, aberto para os apoiantes de Barack Obama. Acompanhe em directo aqui.


Infografia ao centro


Estas eleições presidenciais ficam também marcadas pelo destaque que os sites informativos, um pouco por todo o mundo, deram – e estão, ao segundo, a dar – à infografia.


O mapa dos Estados Unidos, dividido pelas cores da noite – vermelho e azul –, ocupa o primeiro plano nas páginas online dos grandes nomes da informação: The New York Times, Le Monde, The Washington Post , El País.

Gato escaldado...

... de previsões tem medo. Depois dos números errados avançados precipitadamente em 2004, nota-se que nestas eleições os principais meios de comunicação norte-americanos estão a ser mais prudentes e mais lentos a avançar resultados. Ainda assim, há divergências nalguns estados, como Virgínia Ocidental, que vale cinco votos. Esta zona, que seria tendencialmente McCain, nalguns media é dada a Obama.

As presidenciais vistas de Cuba

A que eleições dá atenção a Cubavision? Pelo cenário, pelas roupas e pelo ar enfático com que os seus repórteres sublinham as notícias (ou parte das notícias) parece que estamos na era de Roosevelt (de Theodore, não de F.D.R.). Sabe-se porém que falam da eleição de hoje pelo número de vezes que citam Bush e os seus erros, pelos custos elevados da festa, pelas suspeitas de fraude com os votos electrónicos. Ah, mas pelo ar da coisa, parece estar no ar uma edição especial. As presidenciais de hoje na América é o acontecimento do dia até em Cuba.

Manuel Carvalho

As eleições e a net

Os analistas não se cansaram de repetir a importância do uso da internet na estratégia eleitoral de Obama e parece hoje evidente que a web se tornou o primeiro recurso informativo da eleição. Basta ver a forma concentrada como Ricardo Costa e Nuno Rogeiro olham firmes os écrãs dos seus computadores quando os outros convidados na SIC Notícias falam, enquanto todos esperam por mais uma actualização dos resultados obtida por Rodrigo Prata em sites americanos.

Manuel Carvalho

A net em frenesim

Os internautas não têm mãos a medir, da informação à blogosfera. A Internet está mais frenética do que o costume.

O site da Encyclopaedia Britannica vai ter Live Blogging esta noite, com comentários de "cientistas políticos eminentes" aos resultados das presidenciais norte-americanas.

Desta vez não há quem o conteste

"The country is engaged in politics", dizia há minutos o neocon (ou ex-neocon?) William Kristol na Fox. Durante o dia, filas de eleitores deram as primeiras provas de que o editor da Weekley Standard tem razão e, neste momento, a BBC World trata de lhe confirmar a expectativa, mostrando imagens de multidões na Times Square ou correndo para apanhar os lugares da frente de um palco com todo o ar de que vai servir para festejar alguma coisa. Desta vez, não há quem conteste Kristol.

Manuel Carvalho

Kentucky vermelho, Vermont azul

As primeiras previsões da CNN apontam McCain como vencedor no Kentucky e Obama no Vermont. No entanto, ambos eram já tidos como solidamente a favor dos respectivos candidatos e nenhum dos estados é muito significativo para o resultado final: o primeiro vale oito votos e o segundo três.

Paciência

Na RTP N Pedro Magalhães advertira para a necessidade de haver paciência com os resultados em estados divididos e cautelas redobradas com as sondagens à boca das urnas. A Fox News parece ter seguido o conselho. No Kentucky, McCain vence, garantiram, mas para o Indiana e para a Virgínia, os que mais ansiedade provocam, o resultado permanece embrulhado na dúvida e na hesitação.

Manuel Carvalho

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Economia, a primeira preocupação dos eleitores

Perante a chegada em força da crise económica aos Estados Unidos, as prioridades dos eleitores mudaram. Numa sondagem à boca das urnas, realizada pela CNN, 62 por cento das pessoas disse que a economia deverá ser o principal tema para o próximo Presidente. Em dia de eleições, o Iraque parece ter ficado para segundo plano, ocupando o topo da lista de apenas 10 por cento das pessoas, seguido do terrorismo e da saúde, ambos com 9 por cento.

Encerraram primeiras mesas de voto

As mesas de voto em parte dos estados do Kentucky (Centro-Leste) e Indiana (Norte) fecharam às 23h00 (18h00 locais), não tendo sido adiantadas quaisquer projecções, uma vez que os restantes círculos só encerram às 00h00 (19h00). À mesma hora encerram as urnas na Florida, Georgia, New Hampshire, Carolina do Sul, Vermont e Virgínia.

Estatísticas da Fox

A Fox News cansa-nos com estatísticas: qual o candidato com a sensibilidade mais próxima do cidadão comum, que percentagem acha Obama demasiado liberal, que percentagem acredita que o democrata tem o senso comum suficiente para fazer bons julgamentos. Há um elemento das estatísticas que nunca fez parte das discussões em torno destas presidenciais e não se sabe muito bem porquê: o que indica o reconhecimento de grande parte dos inquiridos (64 por cento) das capacidades de Michelle Obama para ser candidata a vice. Quem se recordar do seu discurso na investidura do marido e o confrontar com a pálida imagem que Palin deu de si nas últimas semanas, terá poucas dificuldades em concordar.

Manuel Carvalho

Daily Mirone - 8

Eu quase votei

Não sou cidadã dos Estados Unidos da América, mas, hoje, quase votei. Phillip Jackson, um agente educativo comunitário que conheci em Bronzeville, o coração negro de Chicago, convidou-me a acompanhar a sua ida às urnas, na secção de voto dos Lincoln Perry Apartments. Mas nunca pensei que passasse da porta ou, vá lá, da mesa de voto. Duas senhoras descomunalmente obesas procuravam nos cadernos os nomes dos eleitores e arrancavam metade da ficha quando estes apareciam para votar. Conheciam bem Phillip, que levou donuts e café para todos. Todos vivem no bairro para onde vieram muitas famílias descendentes de escravos nos anos 1920/30, fugidas ao Sul mais segregacionista e racista.Estávamos, portanto, no bairro histórico negro de Chicago – e ninguém escondia isso, nem mesmo dentro da secção de voto. Apesar de na parede estar afixado um quadro com regras e uma delas ser abster-se de manifestações sobre os candidatos ou as eleições, ouviam-se muitos "Obama". Phillip optou pelo voto electrónico e, surpresa das surpresas, eu fui autorizada a ir com ele até à máquina e, mais ainda, fotografá-lo enquanto votava. Cruz em Obama/Biden, nos senadores, nos congressistas. Já vamos na página três do ecrã e surge uma lista infindável de representantes do Estado – juízes, notários, etc…Isto tudo e ainda faltavam dois referendos: um, recorrentemente chumbado, sobre alterar a Constituição; outro sobre obrigar o município a reservar 26 por cento dos terrenos do bairro para construções a preços acessíveis. Há 1800 lotes por ocupar em Bronzeville e muitas casas estão à venda por um milhão de dólares para cima. Phillip Jackson diz que essa "especulação imobiliária" vai aumentar os impostos e obrigar muitas famílias de baixos recursos a saírem do bairro. Além disso, de acordo com o plano municipal, muitos dos edifícios serão demolidos no prazo de dois anos. O investidor imobiliário Peter Payne confirmou que "muitas pessoas terão que sair" do bairro, mas frisou que poderá haver uma solução integrada, com opções para os mais pobres ficarem no bairro onde sempre viveram. "Não podemos tirar daqui toda a gente", realça. Nos lotes em construção, em que um estúdio poderá vir a custar 750 mil dólares, os futuros compradores que aparecem nos cartazes publicitários são ou brancos ou chineses – quando o bairro é maioritariamente "african-american" e (menos) "latin-american".
Sofia Branco

Early Vote

O quadro completo do voto antecipado das eleições de 2008 já está feito: 31.733.635 pessoas votaram até ontem, o maior número de sempre (correspondente a mais de 25 por cento do total de eleitores de 2004).

Com base nesse resultado, as projecções matemáticas colocam a estimativa do total de votantes de 2008 acima dos 138 milhões de pessoas.

Grant Park em Chicago

Tudo a postos no palco-Obama. A reportagem de Sofia Branco está aqui.

A noite eleitoral de McCain

Acabei de ir buscar as credenciais de imprensa ao Biltmore Hotel, onde John McCain vai estar na noite eleitoral – embora ainda não se saiba se aparecerá para falar a apenas um grupo seleccionado de apoiantes e de jornalistas ou para a festa geral. O resort, inspirado em Frank Lloyd Wright, não parece ser sítio para grandes multidões. Mas uma coisa é certa: o hotel é realmente bonito com os seus desenhos geométricos com espelhos atrás. O Blitmore foi inaugurado em 1929. Ficam aqui alguns pormenores:




Guia

Este texto é um bom guia da noite eleitoral.

McCain em casa

(Reuters)


No último comício da campanha John McCain preferiu jogar em casa: Prescott, Arizona. A reportagem de Maria João Guimarães está aqui.

Dez razões

Para não prestar demasiada atenção (ou atribuir demasiada importância) às primeiras sondagens à boca da urna. E também: tudo o que sempre quis saber sobre as ditas cujas sondagens (e nunca teve coragem de perguntar?).

O que ver e a que horas

Para quem gosta de suspense, aqui ficam alguma dicas:


6 pm (11 pm em Portugal): Hora de fecho das primeiras secções de voto. A maior parte do país ainda estará a votar e é cedo para fazer previsões, mas já será possível ter uma ideia de como a noite poderá evoluir se as sondagens à boca de urna do Indiana (que manterá a votação por mais uma hora nalgumas partes do estado) apontarem para uma vitória de Obama. 

7 pm (12 am): Termina a votação nos estados da Georgia, Kentucky, Carolina do Sul, Vermont Florida e Virginia -- este último é um estado fundamental. As previsões são para uma vitória relativamente fácil de Obama. Se as sondagens indicarem uma corrida demasiado renhida ("too close to call") ou se atribuírem o estado a McCain poderá ser o princípio de uma reviravolta. Idem para a Florida. 

7.30 pm (12.30 am): Ohio e Carolina do Norte. Esta é a hora H. Se as projecções derem os dois estados a Barack Obama, é virtualmente impossível que John McCain consiga chegar aos 270 votos do Colégio Eleitoral. Na última eleição, o Ohio foi o estado onde tudo se decidiu -- e com grande dramatismo. Tal como há quatro anos, esperam-se dificuldades no voto, e é possível que a contagem do voto se prolongue pela madrugada fora.

8 pm (1 am): Termina a eleição na maior parte da costa leste americana. Quatro estados indecisos vão ser atribuídos a alguém: New Hampshire, Pensilvânia, Florida e Missouri. Obama lidera nos primeiros dois, está empatado no terceiro e McCain tem uma vantagem mínima no último. Se o republicano conseguir uma surpresa e capturar a Pensilvânia, a corrida continua aberta. Se o democrata ganhar a Florida, pode ser o prenúncio de uma vitória avassaladora ("landslide").

9 pm (2 am): Mais uma resma de estados fecham as urnas. Se não ganhou a Pensilvânia e perdeu outros estados anteriormente republicanos, John McCain tem de ganhar o Michigan, Minnesota e Wisconsin, que são territórios teoricamente democratas. Dois outros estados "battleground" vão ser chamados: Colorado e Novo México, onde Obama está em vantagem.

10 pm (3 am): O Iowa foi classificado como um estado indeciso, apesar das sondagens darem uma vantagem de mais de dez pontos a Obama. Se não se confirmar essa vitória, será outra surpresa. Dois outros resultados importantes: Nevada e Montana. O primeiro deve cair para Obama (um antigo estado republicano) e o segundo poderá continuar na coluna vermelha dos conservadores.

11 pm (4 am): A votação está perto do fim, fecham as secções de voto na costa oeste. Obama deverá esmagar na Califórnia e no Havai e vencer facilmente no Oregon e Washington.

1 am (6 am): Fim. Fecham as urnas no Alaska. Nesse estado, o interesse é a corrida para o Senado, porque o republicano Ted Stevens, o patriarca político local, foi condenado por corrupção, o que abre a porta para uma surpresa democrata.

É HOJE


Fotos: Reuters





lágrimas

(Jason Reed/Reuters)


As lágrimas voltaram a ser protagonistas nas presidenciais. Já tinham dado que falar durante as primárias democratas com Hillary Clinton. E agora regressaram na cara de Obama.
Obama chorou em público por causa da morte da avó, Madelyn Dunham.

Karl Rove

O "arquitecto" da reeleição de George W. Bush em 2004 prevê uma vitória avassaladora de Barack Obama na votação de amanhã.


ps - E o Pollster.com também já arrisca o anúncio da vitória do candidato democrata.

Máquinas

É estranho que um país com tecnologia tão avançada em várias áreas continuem a coexistir vários sistemas de voto diferentes e ainda que a votação electrónica continue a dar problemas, notavam ontem dois colegas brasileiros - no Brasil a "urna electrônica" está em uso há bastante tempo sem problemas. Por aqui, a questão foi motivo de gozo nos Simpsons. Mais a sério, é possível ver aqui os vários sistemas em uso em vários estados e dentro dos estados - há estados em que o sistema varia entre condados - e o potencial de erro do eleitor e de hacking.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Viral

A lista é do Politico.com: os dez maiores sucessos do YouTube desta campanha eleitoral.

Sedona

Já sabia que não ia conseguir ver o rancho de John McCain em Sedona. Mas confesso que não esperava que a cidade do deserto e montanhas vermelhas fosse destino não só de turistas à procura de artesanato ou escaldadas, mas tivesse ainda uma séria presença de pessoas que acreditam em “energias”, chakras e em extraterrestres. A cidade (palco de mil e um westerns, desde Johnny Guitar, de Ray, a Dead Man, de Jarmusch) não tem um centro onde os habitantes se reúnam, por isso falei com relativamente poucas pessoas. O que também não esperava era que nenhuma delas votasse em McCain. A fazer campanha, vi apenas um casal por Obama, e nos carros também não vi autocolantes, a não ser um par em apoio do democrata. O senador do Arizona tem hoje um último comício no seu estado, em Prescott.

Dicas



The Dream Team é um projecto do portal da revista Foreign Policy que perguntou a dez especialistas qual sera a sua equipa de sonho para os principais cargos da Casa Branca.

Chicago South Side


No South Side from Rui Tavares on Vimeo.

O difícil...

... vai ser escolher...
http://chicago.metromix.com/events/roundup/election-night-parties/708851/content
Sofia Branco

domingo, 2 de novembro de 2008

Daily Mirone - 7

8 tips for voting smart

Um panfleto que anda pelos cafés de Washington DC dá oito conselhos para votar "smart". Passado o primeiro, o do registo, cujo prazo já terminou a 14 de Outubro, e o último, o do voto antecipado por impossibilidade de votar no dia das eleições, cujo prazo terminou a 28 de Outubro, sobram seis, a saber:
1. Saber qual é o local de voto (os locais de voto vão mudando e se se votar fora do sítio que é suposto o voto pode não contar, alerta-se);
2. A melhor altura para votar é o meio-dia, porque "a maioria dos eleitores irá votar antes ou depois do trabalho". Recorde-se que, nos EUA, a eleição decorre a um dia útil - a próxima terça-feira, dia 4. "Se encontrar filas enormes e não tiver tempo para esperar para votar, ligue para uma 'voter hotline'. Não abandone o local sem dizer nada a ninguém - o seu voto é importante!", frisa o folheto da SAVEourvotes - Secure Accesible Verifiable Elections for Maryland.
3. Saber como votar - "Leia o boletim de voto quando o receber no correio. Saiba mais sobre os candidatos através dos jornais ou outras fontes nas quais confie", aconselha-se.
4. Levar identificação para votar - a regra é que não seja exigida e, por isso, o folheto sugere que se mostre a identificação apenas se esta for pedida e que, nesse caso, se "pergunte delicadamente porquê" e se peça para "ver a lei que o exige".
5. Saiba os seus direitos. "Tem o direito a votar!" Mesmo que não apareça listado. E, durante o processo, não pode ser "assediado ou intimidado".
6. Denuncie "problemas com o voto". "A sua chamada pode prevenir problemas semelhantes e pode ajudar as autoridades a melhorarem o processo eleitoral", frisa o folheto.
Sofia Branco

sábado, 1 de novembro de 2008

Arizona

A campanha de Obama está a investir no Arizona e outros estados tradicionalmente republicanos nos últimos dias de campanha. Cada vez se fala mais (no Huffington Post ou em blogues de política local) da hipótese de McCain ter dificuldades no seu próprio estado.