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terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Energia

O Presidente eleito Barack Obama reúne hoje com o antigo vice-presidente e ex-candidato à Casa Branca, Al Gore. Na agenda oficial do encontro constam temas como o combate ao aquecimento global e questões relacionadas com a energia, mas numa altura em que as escolhas de Obama para o sei gabinete continuam a fazer levantar o sobrolho aos representantes mais à esquerda do Partido Democrata, já se fazem outras leituras políticas paralelas da reunião -- apesar de Al Gore ter dito e repetido não estar interessado em regressar ao governo.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Georgia

As aspirações dos democratas conquistarem uma maioria à prova de filibuster no Senado dos Estados Unidos dependem do resultado da repetição da votação no estado da Georgia, onde nenhum dos candidatos alcançou 50 por cento dos votos na eleição de 4 de Novembro.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Cama feita indica sentido de voto

A Slate publica as conclusões de um estudo de um professor de Psicologia da Universidade do Texas, Sam Gosling, que se interessou pelas vidas "secretas" dos conservadores e liberais. O ponto de partida da sua investigação: será que há traços de personalidade que definem o alinhamento ideológico político individual? E se sim, será que se podem encontrar provas materiais desses comportamentos? Os estudantes residentes nos dormitórios universitários foram as cobaias de Gosling, que constatou várias coisas interessantes:

- os alunos que se definiam como conservadores tinham muitos mais calendários e selos do correio; mais bandeiras e posters desportivos e eram muito asseados (nos quartos tinham cestos de roupa suja, tábuas de passar a ferro, materiais de limpeza e até estojos de costura);
- os alunos que se classificavam liberais exibiam uma maior variedade de livros, em particular literatura de viagem, sobre o feminismo e música; tinham mais CDs e de uma maior variedade de géneros musicais; vários objectos artísticos e lembranças "culturais" e mapas de outros países.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Mais horas para votar na Florida

O governador da Florida, Charlie Crist, decidiu alargar o horário dos lugares onde decorre o voto antecipado, uma medida que os democratas vinham reclamando e que os republicanos interpretaram como o golpe de misericórdia para as aspirações de John McCain poder vencer aquele estado.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

O estado da corrida

E o estado do país -- uma interessantíssima reflexão de Peggy Noonan, a antiga speechwriter de Ronald Reagan e uma das mais conceituadas analistas políticas conservadoras.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Congresso chumba plano de resgate económico

O Dow Jones caiu mais de 700 pontos. As bancadas republicana e democrata da Câmara de Representantes do Congresso apontam o dedo e trocam acusações. Os dois candidatos presidenciais prometeram declarações para breve.

terça-feira, 22 de julho de 2008

O candidato

Cumprindo uma rotina tipicamente washingtoniana, fui ontem até ao Mall para a sessão semanal do Screen on the Green, ignorando os 35 graus de temperatura e os impiedosos esquadrões de mosquitos que sempre atacam ao lusco-fusco. Tinha cobertor para o relvado, merenda de sobra para todos os amigos, repelente para os bichos (não adiantou nada) e, principalmente, grande expectativa quanto à reacção popular ao cartaz da noite -- "The Candidate", um filme de 1972 sobre a campanha eleitoral de um concorrente ao Senado pelo estado da Califórnia. Tirando as picadas, o programa foi um sucesso.
Robert Redford, ainda na sua época de galã, interpreta Bill McKay, um advogado de causas liberais, cujo sucesso e juventude não passa desapercebido aos operacionais do Partido Democrata, desesperados por um novo rosto que os relance na cena política californiana. McKay aceita entrar nessa arena mediante as suas próprias regras: dizer o que quiser, dirigir a sua campanha. O partido aceita, até porque a corrida está perdida. As coisas mudam, porém, depois da vitória das primárias. A máquina apura-se e a "novidade" e "idealismo" do candidato são, primeiro para evitar uma humilhação eleitoral, depois para vencer o opositor republicano, um político veterano e habituado aos meandros de Washington, Crocker Jarmon.
Só um eremita não via neste enredo uma óbvia relação com a actual disputa Obama/McCain e a verdade é que em vários momentos era difícil distinguir a ficção e a realidade. Depois de meio ano de campanha, estamos todos "hipnotizados" pelas eleições, e eu e os meus três amigos repórteres imediatamente trocamos olhares quando no filme o candidato republicano se referiu à sua plateia chamando-os "my friends" ou elogiou os "grandes generais americanos", tal como John McCain; quando o democrata falou na necessidade de incluir a raça e a pobreza na discussão eleitoral, num momento verdadeiramente "obâmico", ou ainda quando os operacionais das duas campanhas se degladiavam para distribuir propaganda e aliciar eleitores -- "Quem é que não vai fazer reportagem sobre os voluntários em Novembro?", perguntamo-nos com cinismo.
O mais curioso, porém, foi perceber como o discurso político se depurou de tal maneira, que é capaz de se repetir num perpétuo contínuo -- redondo e cifrado, sem dúvida, mas sem perder actualidade nem sentido através das décadas. O apelo e atracção do discurso e da personalidade de McKay nos longínquos anos 70 não é diferente daquela que hoje exacerba Barack Obama e projecta o seu estatuto de fenómeno político. As palmas e vivas dos espectadores deitados na relva às inúmeras referências da agenda liberal americana seguramente não eram de deslumbramento pela qualidade do diálogo ou desempenho dramático do elenco -- mas uma confirmação da validade teórica e política dessas mesmas propostas, hoje repetidas por um novo actor e num novo contexto.
O belíssimo texto do filme foi escrito por Jeremy Larner, que trabalhou como speechwriter do senador Eugene McCarthy durante a sua campanha pela nomeação democrata em 1968. O argumento captura todas as vicissitudes e estados de alma de uma campanha, e de forma particularmente brilhante, na última deixa: "What do we do now?", pergunta Bill McKay, num relâmpago de lucidez, antes de se perder na multidão e fechar definitivamente a porta de um quarto de hotel vazio de vida.


p.s. Há noites em que Washington parece mesmo um lugar à parte no mundo. Não sei de nenhum outro onde milhares de pessoas enchessem por completo um parque longe de tudo para assistir a um filme com mais de 30 anos sobre uma eleição.

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Unidade?

- Women for Fair Politics; uma "organização de reacção ao terrível tratamento que Hillary Clinton recebeu durante a sua histórica campanha pela nomeação democrata à presidência dos Estados Unidos":

"The Democrats have decided to stage a “Unity” rally in in a town called Unity on Friday attempting to unite Hillary Clinton supporters with Barack Obama supporters. Well, Hillary must do what she has to do. Hillary supporters must do what we have to do. Unity? No. Not this year.

Unity? No. Not this year. The Democratic party has blown it for 2008. The Democratic party must be held accountable for their failure to denounce the rampant sexism, classism, racism and voter disenfranchisement continually interjected into this campaign by Barack Obama, his campaign and supporters. In fact, the DNC is complicit in disenfranchising voters in Michigan and Florida. Is this the same party that demanded that every vote be counted in 2000 and 2004? Unity? No. Not this year."


- DONE (Democrats Over Nominating Elitists); um "projecto que apela ao partido Democrata que se organize em torno da ideia de patriotismo e não partidarismo e se assuma por causa dos seus princípios imutáveis e não das personalidades efémeras":

"I was a Democrat and switched to Independent. I wanted Hillary, and after everything I witnessed and learned throughout this primary season: There is NO WAY I would ever vote for Obama. Hillary or McCain. Never Obama."


- Just Say No Deal; uma "coligação de milhões com uma coisa em comum - Nobama":

"Obama's 7 Habits of a Highly Defective Liberal
1 Most liberal voting record in US Senate
2 Extreme radical ties
3 Soft on national security
4 Ambitious deceptive flip-flopper
5 Sleazy financial hypocricy
6 Accomplished nothing as a leader
7 Divisive empty rhetoric"

terça-feira, 10 de junho de 2008

Reacção

Era inevitável que a popularidade de Obama junto do eleitorado democrata crescesse depois da saída de Hillary Clinton da corrida: o contador diário da Gallup registou uma reacção imediata, com o senador do Illinois (48 por cento) a gozar agora da maior vantagem de sempre contra o seu adversário republicano John McCain (41 por cento).

domingo, 1 de junho de 2008

2118

Com a deliberação do comité de regulamentos do Partido Democrata, que aceitou a presença das delegações dos estados do Michigan e da Florida mas com apenas 50 por cento dos votos, o novo número mágico para alcançar a nomeação é 2118. Barack Obama tem 2050 votos e Hillary Clinton 1877. Nas próximas três primárias estão em jogo 95 delegados. 190 superdelegados ainda não anunciaram o seu apoio e permanecem "descomprometidos".
Matematicamente, a corrida democrata já acabou. Politicamente, é outra história.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Alienação

Aproxima-se o "momento da verdade" para a campanha Clinton. No sábado, o partido vai decidir como resolver o imbróglio das primárias do Michigan e da Florida -- se as eleições contam, se os delegados têm direito a participar na Convenção Nacional de Denver, se a sua distribuição pelos dois candidatos respeitará as regras da proporcionalidade ou se será precisa uma fórmula extraordinária. Tudo o que não seja o reconhecimento do total dos resultados e a respectiva alocação do total dos delegados corresponderá a uma derrota para a senadora de Nova Iorque.
A dois dias do evento, esse é o desfecho mais previsível. Enquanto não se confirma, a candidatura de Hillary afina os seus argumentos finais, junto dos eleitores das três primárias que restam, junto dos superdelegados que ainda não definiram quem apoiam, junto dos financiadores que podem manter a sua campanha à tona. Para ela, é fundamental não alienar nenhum destes três grupos. Como repete — ela e os seus directores de campanha e porta-vozes — os democratas não se podem dar ao luxo de desperdiçar os votos/apoios/dinheiro de que vão precisar em Novembro para bater os republicanos. A sua teoria é que se todos os votos forem contados (e já vimos como Hillary está a fazer as contas) é ela quem surge à frente com mais eleitores. O seu último email, intitulado "viram as últimas sondagens?", acrescenta que é ela que surge à frente no confronto directo com John McCain. Querem deitar esta vantagem a perder?, é a escolha que coloca aos superdelegados.
Até agora, a imprensa tem seguido o raciocínio da campanha Clinton e colocado a questão nesse plano da legitimidade democrática. Os eleitores pronunciaram-se, e em números recorde*, e isso é mais importante e significativo do que a burocracia institucional -- e é, de facto, um risco a alienação de todas estas pessoas (3,2 milhões de eleitores no Michigan e na Florida). Em todas as peças, há inevitavelmente um eleitor a dar conta da sua insatisfação e descontentamento com o partido, que parece não o considerar importante -- "Porque razão devo ser punido por votar?". Hoje começaram a aparecer outros, também insatisfeitos e descontentes com a mesma atitude de alienação: "Nós respeitámos as regras, acatámos a decisão do partido, abstivémo-nos de ir votar e agora somos ignorados e punidos?"

*Um dado interessante sobre a adesão eleitoral no Michigan e na Florida, através da comparação da afluência às urnas dos eleitores democratas nas primárias de 2008 e nas presidenciais de 2004. Nas sucessivas votações recorde dos primeiros dez estados que votaram este ano, a média de eleitores é de cerca de 75 por cento do total que votou em John Kerry. No Michigan, foram 24 por cento e na Florida 44 por cento.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Sem surpresas

Hillary Clinton ganhou onde se esperava que ganhasse. Com 40 por cento do voto do Oregon contado, Barack Obama está bem à frente, com 63 por cento, também como era previsível. Depois das super Super Tuesdays acabaram-se as surpresas na corrida pela nomeação democrata.

terça-feira, 20 de maio de 2008

Más notícias para Clinton

Falta um minuto para serem conhecidas as sondagens à boca das urnas do Kentucky. A expectativa é que Hillary Clinton reproduza naquele estado do sul a vitória que alcançou a semana passada na Virginia Ocidental -- no novo slogan desta temporada, "é a demografia, estúpido!".
Outras sondagens do dia constituem, porém, más notícias para a senadora de Nova Iorque. Segundo o tracker diário da Gallup, o seu adversário Barack Obama começa a parecer mais apelativo para alguns dos seus grupos de apoiantes: mulheres, trabalhadores brancos e classe média baixa.

Ted Kennedy

Quem ligar agora a televisão, nem vai perceber que estão a decorrer eleições primárias no Kentucky e no Oregon. Até há duas horas, as primárias eram o único tema que preenchia as emissões. Mas isso foi antes das últimas breaking news que deram conta do diagnóstico do senador do Massachusetts, Ted Kennedy, com um tumor cerebral maligno, e que deixaram a América em estado de choque.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Enciclopédia de McCain

O departamento de Comunicações do Comité Nacional democrata lançou uma wiki-enciclopédia sobre o candidato republicano à presidência, John McCain. Chama-se a McCainpedia, e o primeiro artigo é sobre o Iraque.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Ano democrata?

De acordo com uma sondagem de hoje da Quinnipiac University, quer Hillary Clinton quer Barack Obama estão em posição de bater o republicano John McCain nas presidenciais de Novembro. A senadora, auxiliada pelo voto das mulheres e (imagine-se) dos afro-americanos, tem uma vantagem de cinco pontos (46 por cento contra 41 por cento); Obama, com o apoio dos independentes e (também) dos negros, mais confortavelmente à frente, com 48 por cento das intenções de voto contra 37 por cento.
Há outros sinais que antecipam um ano democrata. Em todas as eleições intercalares e extraordinárias realizadas para o Congresso, os assentos em jogo, ocupados por republicanos, mudaram para os democratas. Voltou a acontecer ontem no Mississippi, um estado fortemente conservador e cuja tradição de voto é consistentemente republicana. Depois de uma campanha renhida e muito polémica, o democrata Travis Childers conquistou o 1º Distrito Congressional do Mississippi ao republicano Greg Davis, com uma folgada margem de oito por cento -- que não foi exactamente uma surpresa.
Com um presidente que já foi classificado como o pior da história dos Estados Unidos, uma guerra prolongada e profundamente impopular e com 82 por cento da opinião pública a considerar que o país está no rumo errado, o desafio para os republicanos nas eleições de Novembro é tremendo. O que não quer dizer que os democratas tenham o caminho aberto até à Casa Branca.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Noivado

O meu amigo Andrew Gray, que hoje suportou comigo a noite eleitoral, deve ser dos poucos jornalistas em Washington que não tem blogue, e ainda bem, porque assim veio parar aqui esta delícia: "Politics as Romance", ou o actual dilema dos democratas;


"You know the whole idea of the Democrats going for Obama is like a
seduction? People have basically been seduced by his charms, let their
hearts rule their heads, chosen the dashing, charming Obama over the
solid, clunky Clinton.

So now I'm thinking you can take this a step further. You're the
early-voting Democrats you have had a whirlwind romance with Obama, a
dashing, tall attractive, relative stranger. And you've got engaged!

But now there is some time before the wedding.

And you're introducing your fiance to their family and friends around
the country. And the family and friends aren't impressed. They think
this guy is a bit flash. They prefer the solid, clunky person you
spurned.

And even you are starting to have doubts. You hope as you get to know
someone better that they will reveal more hidden qualities that will
make you love them even more. But this guy doesn't seem to have any.
He can still smile and do the sweet talk. But that seems to be about
it.

And in fact, just like in any relationship, after the initial
infatuation wears off, you discover he actually has some things about
him that you don't like. He has some friends you don't really approve
of (even his pastor is crazy!) and some annoying habits -- he doesn't
seem to be able to adapt and gets rattled quite easily.

Meanwhile, the spurned suitor is showing a lot of bravery, being
pretty tough, showing they still really want you, and are willing to
fight for you. You don't really like their tone but you can't help
thinking you might be better off with someone like that.

And suddenly you're stuck. Do you call off the engagement or keep
going and hope for the best?

That's the Democrats dilemma, I think!"


Belo texto para fechar a noite, não?

p.s. Os comentários serão devidamente traduzidos e entregues ao autor.