Com a deliberação do comité de regulamentos do Partido Democrata, que aceitou a presença das delegações dos estados do Michigan e da Florida mas com apenas 50 por cento dos votos, o novo número mágico para alcançar a nomeação é 2118. Barack Obama tem 2050 votos e Hillary Clinton 1877. Nas próximas três primárias estão em jogo 95 delegados. 190 superdelegados ainda não anunciaram o seu apoio e permanecem "descomprometidos".
Matematicamente, a corrida democrata já acabou. Politicamente, é outra história.
domingo, 1 de junho de 2008
2118
Posted by Rita Siza at 00:40
Labels: Delegados, Democratas
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4 comentários:
Num dos episódios de 'Boston Legal' um delegado democrata do Massachusetts foi processado por ter intenção de votar em Obama na Convenção do Partido Democrata, quando o seu estado tinha votado Clinton nas primárias. Pode acontecer?
Não vi o episódio a que se refere, por isso só lhe posso responder teoricamente. Os superdelegados (detentores de cargos públicos ou membros do partido) têm total liberdade de actuação e podem alterar o seu sentido de voto mesmo depois de terem declarado o seu apoio por um determinado candidato. Os delegados são "executores" da vontade popular manifestada nas urnas, e por isso estão obrigados a votar pelo candidato que representam (segundo a distribuição das várias secções e círculos eleitorais). O único caso em que estes delegados podem mudar o voto é quando estão afiliados a um candidato que entretanto suspendeu ou desistiu da campanha -- e geralmente, transferem-se para o campo indicado pelo seu preferido.
Essa decisão do Partido Democrata é absurda e só prova que o complot está todo montado para beneficiar Obama, ainda que injustamente como foi este caso.
Não existe "meio voto", ou "metade dos votos". Ou Clinton tem razão e tem direito a todos, ou não tem razão e não tem direito a nenhum.
A decisão era a esperada. Eis porquê:
1. FL e MI quebraram as regras. E por esse motivo, foram penalizados. Hillary, Obama e os outros candidatos disseram que os votos aí não iriam contar.
2. Os republicanos fizeram exactamente isso; contaram metade dos delegados e não houve esta «media frenzy».
3. Após recorrer ao trunfo dos delegados, dos superdelegados, Hillary teve que recorrer a Flórida e Michigan para poder ter uma hipótese mínima de vencer. Independentemente, das regras acordadas anteriormente.
4. A DNC acordou em metade dos delegados (o que me parece mais que justo dado que os estados quebraram as regras e também a minha mãe disse que quem quebra as regras, tem de pagar).
Flórida com a proporção da eleição (nem vou comentar o facto de Obama ganhar terreno sempre que efectua a campanha). Michigan foi entre o 50-50 e o resultado obtido, até porque Obama nem estava no boletim de voto. Idealmente, nem se deveria ter contado, mas enfim. O verdadeiro «spin» é dizer que Obama é que foi o responsável ao retirar o seu nome do boletim de voto (LOL!)
5. Viu-se a diferença entre os apoiantes de Obama e Clinton no encontro da DNC. Harold Ickes teve uma prestação digna de um Óscar, enquanto as pessoas que gritavam "Denver, Denver" mostram aquilo que Hillary representa para muitos: o sonho de ter uma mulher Presidente, independentemente de ser o melhor candidato ou não.
Veredicto: justo pois claro.
E já agora aproveito para mandar um bitaite. Se os caucus (onde vão as pessoas mais activas politicamente) não contam segundo a lógica de Hillary, porque motivo Puerto Rico deverá contar? Sim, um estado que não entra na eleição geral (motivo pelo qual o Obama não decidiu fazer uso do seu ground game invencível)
Peace!
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