terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Campanha de Giuliani preocupada com buraco financeiro

"Estamos num buraco [financeiro] bem maior do que imaginávamos", desabafou ao jornal The New York Times John Gross, o director contabilístico da campanha presidencial de Rudy Giuliani. A equipa do ex-mayor de Nova Iorque está a ultimar o obrigatório relatório para a Federal Electoral Commission, e já fez saber que terá de recorrer ao crédito bancário para honrar alguns pagamentos aos credores. No final de Janeiro, que foi quando Giuliani pôs fim à sua candidatura, a sua campanha dispunha de nove milhões de dólares no cofre (alguns dos quais reservados para a futura campanha de Novembro que nunca chegará a acontecer), mas já acusava dois milhões de dólares em dívidas.
A existência de défices contabilísticos nas campanhas eleitorais é quase uma banalidade, e a notícia das dívidas de Giuliani nem sequer teria "picante" não fossem alguns dos detalhes das suas despesas pessoais. Como os outros candidatos, o antigo mayor viajava ou de jacto privado (mais de 565 mil dólares) ou em voos charter especificamente fretados para a sua campanha (800 mil dólares).
Mas ao contrário dos seus adversários, Giuliani tinha uma predilecção muito particular em termos de alojamento: só pernoitava em estabelecimentos de luxo. A lista é extensa -- e aqui ficam apenas alguns exemplos: o Greenbrier Hotel de White Sulphur Springs, na Virginia Ocidental (2000 dólares por noite); o La Costa Resort and Spa de Carlsbad, Califórnia (4000 dólares por noite); o famoso Fairmont Hotel de San Francisco (5400 dólares por noite) e o magnífico Wentworth by the Sea Resort de Portsmouth, no New Hampshire (vejam as vistas e digam se não foi dinheiro bem gasto!)

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