Escrevíamos ontem que Hillary Clinton precisava de um resultado pelo menos "airoso" no Wisconsin para manter uma esperança razoável na corrida pela nomeação democrata. Não conseguiu; a sua candidatura está em crise.
Hillary perdeu no Wisconsin por uma margem bastante grande - quase 20 pontos. No estado do Havai, mais pequeno, a diferença foi ainda maior.
Pior: Barack Obama não só está a ganhar, está a ganhar com uma votação forte em todos os grupos demográficos.
Ora, a situação de Hillary em termos de delegados não é má; seja qual for o método de contagem usado, a vantagem de Obama é ainda muito pequena. Em teoria, vitórias de Hillary no Texas e no Ohio e, mais tarde, na Pensilvânia, poderia inverter a situação a seu favor.
O problema para Hillary é que a campanha deixou outra vez de estar centrada na contagem de delegados; o que conta é o "momentum", a impressão de quem vai à frente, de quem gera consensos. E o "momentum" está todo com Obama. Ao ponto de incidentes como este não terem qualquer influência na campanha.
O que resta a Hillary? Chamavam a Bill Clinton o "comeback kid", por conseguir várias vezes regressar ao topo depois de o darem como derrotado (no Arkansas, na campanha de 92, no "impeachment"). Mas é muito improvável um "comeback" para Hillary.
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