quarta-feira, 9 de abril de 2008

Pensilvânia

Os números das últimas sondagens sobre as intenções de voto nas primárias democratas da Pensilvânia dão conta da recuperação da candidatura de Barack Obama, que na última semana "desinsuflou" o favoritismo da sua adversária Hillary Clinton, que ainda assim conta com uma vantagem de seis pontos na preferência dos eleitores. Publicados os resultados, lá veio a inevitável previsão: se Obama ganhar a Pensilvânia, a corrida está terminada, Hillary terá de sair. Será que não se lembram que já ouvimos isso antes -- "se Obama ganhar o Texas e o Ohio..."?
Parece para já pouco provável que Obama ganhe na Pensilvânia, e parece ainda mais improvável que Hillary Clinton desista da corrida no dia 22 ou 23 de Abril. A quantidade de argumentos que a sua candidatura já testou para justificar o prolongamento do processo até ao fim é, para alguns, o presságio da confusão e desespero da campanha da senadora de Nova Iorque. Mas não se precipitem, porque essas razões de Clinton não são politicamente irrelevantes. É verdade que Obama colecciona mais estados, mais delegados eleitos directamente e que por enquanto goza de uma vantagem de mais de 717 mil votos na votação popular, mas não deixa de ser um facto que, estatísticamente, a corrida está empatada e, em teoria, a aritmética pode alterar-se até ser depositado o último voto, no dia 3 de Junho. Mesmo nesse dia, nenhum dos dois concorrentes terá a maioria de 2025 delegados que lhe permite agarrar automaticamente a nomeação.

p.s. Um ponto de situação da blogosfera americana, aqui.

p.p.s. Casualmente, em conversa numa festa, uma funcionária do gabinete do Senado de Hillary Clinton notava que não há nada marcado no calendário até ao início de Junho.

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