quarta-feira, 5 de março de 2008

O candidato das democracias

John McCain é o único candidato - até à data - que assume não só a urgência de restaurar as alianças tradicionais com a Europa e o Japão, mas também a necessidade de alargar e institucionalizar a aliança das democracias, incluindo a India e o Brasil, como o pólo de estabilidade possivel perante a incerteza crescente da politica internacional

4 comentários:

José Gomes André disse...

Já deu para perceber a (esmagadora) tendência ideológica do painel convidado... Mas ainda assim, gostava de perguntar: em que se baseia para fazer essa declaração tão taxativa?

1) McCain, em política externa, é um "falcão", até talvez mais do que Bush, que, apesar de felizmente) se opor à tortura e a Guantanamo, é totalmente favorável a uma política externa preferencialmente unilateral.

Basta atentar no seu plano para o Iraque, que não contempla de todo a colaboração com outras forças internacionais, mas antes uma estrutura de segurança quase exclusivamente baseada no reforço das tropas americanas.

2) Quer Obama, quer Hillary Clinton já se referiram por diversas vezes, em debates e nos seus programas políticos, à necessidade de reforçar a colaboração com a ONU e com a UE, quer em relação aos conflitos externos, quer na agenda ambiental (tema sobre o qual McCain ainda não disse uma palavra).

É claro que, em política externa, os americanos (à Esquerda ou Direita, tanto faz) adoptarão essencialmente posições unilaterais, em função do seu interesse nacional. Mas, a referência às intenções de apostar numa maior colaboração internacional não é uma ideia exclusiva de McCain.

Cumprimentos!

Anónimo disse...

Nenhuma grande potência pode subordinar a defesa do seu interesses às instituições multilaterais

José Gomes André disse...

Subscrevo inteiramente o que disse. E só a faixa mais extremista da Esquerda portuguesa, que vê Obama como o Messias reencarnado, é que acha que "tudo vai mudar" com Obama, como escreveu o Vasco Rato acima.

Mas não me respondeu: em que é que se baseia para dizer que só McCain demonstrou intenção de ser mais cooperativo na política internacional do que Bush? Clinton e Obama também a manifestaram, repito.

Anónimo disse...

isto não é uma questão de esquerda ou direita mas sim qual o mundo em que queremos viver ...
é obvio que obama não vai mudar tudo da noite para o dia mas será a alavanca necessária para um movimento
de esperança por um mundo melhor ...